Odair dos Santos, um pai de santo que morreu em janeiro de 2022, teve seu corpo cremado por engano no Cemitério São Pedro, em São Paulo, sem a autorização da família. A administração do cemitério, a empresa Velar, alegou que houve um erro humano ao confundir o corpo de Odair com o de uma mulher enterrada na mesma área. A família estava no cemitério para exumar o corpo e transferi-lo para um novo jazigo quando notou que a terra do túmulo estava remexida e a lápide havia desaparecido. Após questionamentos, descobriram que o corpo de Odair já havia sido cremado. A família, que segue a umbanda e é contra a cremação, está buscando justiça e pretende denunciar a empresa no Ministério Público. A Velar pediu desculpas e se ofereceu para reembolsar os custos, mas a família questiona a autenticidade das cinzas entregues. A SP Regula, agência que fiscaliza serviços públicos, também vai investigar o caso.
O corpo de Odair dos Santos, pai de santo e praticante da umbanda, foi cremado sem autorização da família no início de maio de 2023, no Cemitério São Pedro, em São Paulo. A cremação ocorreu devido a um erro de identificação pela empresa Velar, que administra o cemitério.
Odair foi sepultado em janeiro de 2022. A família planejava exumar o corpo para transferi-lo a um novo jazigo. No dia 30 de abril, a exumação foi iniciada, mas a família não conseguiu concluir o procedimento por falta de um novo caixão. Ao retornar em 2 de maio, notaram que a terra do túmulo estava remexida e a lápide havia desaparecido.
A equipe do cemitério informou que o caixão de Odair foi utilizado para outra exumação, alegando urgência devido a um corpo que começava a vazar resíduos. Após pressão, a família foi informada que o corpo de Odair havia sido cremado por engano, confundido com o de uma mulher enterrada na mesma quadra. A família contesta essa versão, ressaltando que Odair foi enterrado com vestes de babalorixá.
Os filhos de Odair, Kleber e Flávia dos Santos, afirmam que a cremação é contra os princípios da umbanda, religião que praticavam. Eles pretendem acionar a justiça e denunciar a Velar ao Ministério Público, buscando responsabilização criminal e cível. A empresa reconheceu o erro, mas não chegou a um acordo com a família. A Velar se comprometeu a devolver os valores pagos pelos serviços, que totalizaram R$ 1.412.
A SP Regula, agência reguladora de serviços públicos, anunciou que irá investigar o caso. A cremação de Odair levanta questões sobre a gestão de cemitérios privatizados em São Paulo, onde a Velar é responsável pela operação desde 2023.
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