Um menino de 11 anos foi sequestrado em Jamundí, na Colômbia, por cinco homens armados que invadiram sua casa. O crime foi registrado por câmeras de segurança e gerou grande indignação. O garoto foi libertado após 18 dias, com a família pagando quase um milhão de dólares. Esse caso destaca o aumento dos sequestros no país, que haviam diminuído após o acordo de paz com as FARC em 2016, mas que agora estão crescendo novamente. Em 2023, os sequestros triplicaram em relação a 2019, com 338 casos registrados. Especialistas apontam que a nova dinâmica dos grupos armados, que agora usam o sequestro como uma forma de controle territorial e disputa de poder, é uma das razões para esse aumento. O governo enfrenta dificuldades em lidar com a situação, e a falta de uma política de segurança clara tem gerado confusão nas ações da polícia e do exército. O sequestro do menino é um exemplo de como as instituições não estão conseguindo proteger a população, já que a negociação para sua libertação foi feita sem a ajuda do governo.
Colômbia enfrenta aumento alarmante de sequestros
O sequestro de um menino em Jamundí, na Colômbia, gerou grande preocupação no país. O garoto foi levado por cinco homens armados em sua casa e libertado após a família pagar quase um milhão de dólares. O crime, registrado por câmeras de segurança, reacendeu o medo em uma nação que viu os sequestros diminuírem após o acordo de paz com as FARC em 2016.
Dados da Polícia Nacional indicam que os casos de sequestro triplicaram desde 2019, com 338 ocorrências em 2023 e 279 em 2024. Entre janeiro e abril de 2025, foram mais de 131 casos, a maior cifra em quase 15 anos. O mês de março de 2025 registrou 62 sequestros, o maior número desde 2010.
Dinâmicas de Grupos Armados
Andrés Preciado, diretor da Fundação Ideas para a Paz (FIP), aponta que o aumento se deve ao fortalecimento de grupos armados, que utilizam o sequestro como uma estratégia de controle territorial. A disputa por áreas estratégicas, como Catatumbo, intensificou a violência. Em regiões com conflitos entre grupos, como Norte de Santander, as taxas de sequestro são alarmantes.
O especialista em segurança Juan Carlos Ruiz destaca que a política de paz do governo atual, que tenta negociar com múltiplos grupos, tem gerado confusão nas ações da força pública. A falta de diretrizes claras dificulta a resposta efetiva contra os sequestros, que agora ocorrem de forma mais rápida e com menos logística.
Novas Modalidades de Sequestro
As bandas criminosas têm adotado uma nova abordagem, realizando sequestros “exprés”, que exigem menos tempo e planejamento. Em Jamundí, as vítimas são frequentemente raptadas em locais públicos, como condomínios e shoppings. A situação é crítica, com relatos de que a libertação do menino foi resultado de uma negociação privada, sem a intervenção das autoridades.
A fragilidade da estratégia de segurança do governo é evidente, e especialistas alertam que, se não forem tomadas medidas urgentes, os sequestros podem continuar a aumentar. O fortalecimento de unidades especializadas, como o Gaula, é considerado essencial para combater essa onda de violência.
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