Empresa investe em biotecnologia com RNA para controlar pragas na agricultura brasileira
GreenLight Biosciences inicia operações no Brasil com bioinsumos inovadores e planos de expansão para atender a demanda por agricultura sustentável

GreenLight Biosciences prevê lançar pelo menos dez produtos nos próximos cinco anos, dos quais cinco voltados ao Brasil (Foto: divulgação)
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A GreenLight Biosciences, empresa americana de biotecnologia, iniciou suas operações no Brasil com o produto Fortivance, que utiliza tecnologia baseada em RNA para combater pragas e plantas daninhas. A proposta é oferecer soluções sustentáveis e biodegradáveis, com foco inicial na fruticultura e planos de expansão para grandes culturas como soja e milho até 2025.
A empresa já obteve autorização da CTNBio para realizar testes de dois bioativos: um inseticida para uvas e um herbicida contra a buva, uma planta daninha difícil de controlar. O registro oficial desses produtos está previsto para o próximo ano, após a finalização do Registro Especial Temporário junto a agências reguladoras brasileiras.
Tecnologia Inovadora
A tecnologia RNAi da GreenLight promete "silenciar" genes de pragas específicas, permitindo que as plantas produzam proteínas que inibem a sobrevivência das pragas. Catie Lee, vice-presidente global de Public Affairs, destacou que a empresa busca oferecer preços competitivos, mas com maior segurança e sustentabilidade. A expectativa é que a tecnologia não deixe resíduos e apresente menor risco toxicológico.
Nos Estados Unidos, o primeiro produto da empresa, Calantha, já conquistou 10% do mercado no controle do besouro-da-batata-do-colorado. A GreenLight planeja registrar um acaricida e um fungicida, ambos baseados na mesma tecnologia. A empresa recebeu um aporte de US$ 25 milhões da Just Climate, cofundada pelo ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore.
Expansão e Parcerias
A GreenLight já iniciou conversas com a Embrapa e está em negociação com cooperativas e distribuidores para comercializar seus produtos no Brasil. A empresa vê o país como um mercado promissor para inovações em agricultura sustentável, especialmente com a crescente demanda por práticas regenerativas.
A produção dos bioinsumos será realizada nos Estados Unidos, mas a GreenLight planeja lançar pelo menos dez produtos nos próximos cinco anos, com cinco destinados ao Brasil. A empresa também pretende aumentar sua capacidade produtiva em dez vezes para atender à demanda crescente por soluções agrícolas sustentáveis.
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