- Estudo do Instituto McGovern de Pesquisa Cerebral do MIT mostrou que o treinamento musical aprimora a atenção guiada e a capacidade de filtrar sons em ambientes ruidosos, publicado no dia 6 de outubro de 2025 na revista Science Advances, com uso de neuroimagem para analisar o foco em melodias específicas.
- A pesquisa, liderada por Cassia Low Manting, envolveu participantes com diferentes níveis de experiência musical, e os resultados indicaram que músicos têm desempenho superior em seguir melodias-alvo, devido a mecanismos neurais que amplificam sons desejados e minimizam ruídos.
- A abordagem envolveu frequency tagging (marcação de frequência) combinada com magnetoencefalografia (MEG), permitindo identificar padrões de resposta cerebral a distintas melodias e distinguir notas a seguir de notas a ignorar.
- Os dados revelaram uma separação entre dois tipos de atenção: atenção guiada (intencional) e atenção reativa (disparada por estímulos); músicos mostraram maior capacidade de manter a atenção guiada, reduzindo a influência de distrações sonoras.
- As implicações apontam que o treinamento musical pode melhorar percepção auditiva e habilidades sociais; Manting planeja investigar como a musicalidade afeta a capacidade de ignorar sons específicos, como o do próprio instrumento, abrindo caminhos para entender como a experiência musical molda cognição e atenção auditiva.
Pesquisadores do Instituto McGovern de Pesquisa Cerebral do MIT revelaram que o treinamento musical aprimora a atenção guiada e a capacidade de filtrar sons em ambientes ruidosos. O estudo, publicado em 6 de outubro de 2025 na revista *Science Advances*, utilizou técnicas de neuroimagem para analisar como músicos conseguem focar em melodias específicas enquanto ignoram distrações.
A pesquisa, liderada por Cassia Low Manting, envolveu participantes com diferentes níveis de experiência musical. Os resultados mostraram que músicos têm um desempenho superior em seguir melodias-alvo, devido a mecanismos neurais que amplificam sons desejados e minimizam ruídos. Manting destacou que essa habilidade é crucial em situações cotidianas, como manter uma conversa em ambientes barulhentos.
Metodologia Avançada
Os cientistas utilizaram uma abordagem inovadora chamada *frequency tagging* em conjunto com a magnetoencefalografia (MEG) para monitorar a atividade cerebral. Essa técnica permitiu identificar padrões específicos de resposta cerebral a diferentes melodias, ajudando a distinguir entre as notas que os participantes deveriam seguir e aquelas que deveriam ignorar.
Os dados revelaram uma clara separação entre dois tipos de atenção: a atenção guiada, que é intencional e focada, e a atenção reativa, que é desencadeada por estímulos sonoros. Os músicos demonstraram uma maior capacidade de manter a atenção guiada, reduzindo a influência de distrações sonoras.
Implicações e Futuras Pesquisas
Os achados sugerem que o treinamento musical não apenas melhora a percepção auditiva, mas também pode ser benéfico em diversas situações sociais. Manting planeja investigar como a musicalidade pode afetar a capacidade de ignorar sons específicos, como o de seu próprio instrumento. O estudo abre novas possibilidades para entender como a experiência musical molda a cognição e a atenção auditiva.