- Um estudo recente identificou o Agriodontosaurus, fóssil de 242 milhões de anos, como o mais antigo parente conhecido dos lagartos e cobras.
- A descoberta foi publicada na revista Nature e fornece novas informações sobre a evolução dos répteis.
- O fóssil foi encontrado em 2015 na região de Devon, sul da Inglaterra, e apresenta ossos do crânio e do corpo bem preservados.
- O Agriodontosaurus, com 10 centímetros de comprimento, é considerado um pequeno predador e faz parte do grupo Lepidosauria, que inclui mais de 12 mil espécies de répteis.
- Pesquisadores da Universidade de Bristol usaram técnicas de raio-X para criar um modelo 3D do esqueleto do fóssil, revelando características únicas que ajudam a entender a evolução dos répteis.
Um estudo recente revelou que o Agriodontosaurus, fóssil de 242 milhões de anos, é o mais antigo parente conhecido dos lagartos e cobras. A descoberta, publicada na revista *Nature*, fornece novas informações sobre a evolução desses répteis. O fóssil foi encontrado em 2015 na região de Devon, sul da Inglaterra, e contém ossos do crânio e do corpo bem preservados.
Com apenas 10 centímetros de comprimento, o Agriodontosaurus é considerado um pequeno predador que ajuda a entender a história evolutiva dos Lepidosauria, grupo que inclui mais de 12 mil espécies de répteis, superando o total de mamíferos e aves. Além de lagartos e cobras, essa linhagem inclui o tuatara, uma espécie que existe apenas na Nova Zelândia.
Características do Agriodontosaurus
Os pesquisadores da Universidade de Bristol utilizaram técnicas de raio-X para analisar o fóssil, criando um modelo 3D de seu esqueleto sem danificá-lo. O Agriodontosaurus helsbypetrae possui características únicas, como a barra temporal inferior aberta, que permite a ingestão de presas maiores. Essa adaptação é comum em lagartos e cobras, mas ausente nos tuataras.
Os dentes do Agriodontosaurus são grandes e provavelmente usados para esmagar o exoesqueleto de insetos, como baratas e gafanhotos. Rob Coram, um dos autores do estudo, comentou sobre a importância da descoberta: “Quando encontrei o espécime em 2015, não tinha ideia do que era, pois só um pedaço estava exposto”. A análise deste fóssil oferece uma visão valiosa sobre a evolução dos répteis.