Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Descoberta sobre resistência do corpo garante Nobel de Medicina de 2025

Prêmio Nobel de Medicina de 2025 destaca descobertas que revolucionam entendimento sobre sistema imunológico e abrem caminhos para novas terapias.

Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
(Wikimedia Commons/Reprodução)
0:00 0:00
  • O Prêmio Nobel de Medicina de 2025 foi concedido a Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi por descobertas sobre células que protegem tecidos saudáveis do ataque do sistema imunológico.
  • O anúncio foi feito pelo Instituto Karolinska, na Suécia, e os laureados dividirão o prêmio de 11 milhões de coroas suecas, aproximadamente R$ 6,2 milhões.
  • As pesquisas elucidiram o mecanismo da tolerância imunológica periférica, essencial para evitar autoataques do corpo.
  • As descobertas têm impacto no tratamento de doenças autoimunes e câncer, com mais de 200 investigações clínicas em andamento sobre células T reguladoras.
  • O reconhecimento pode incentivar pesquisas no Brasil e facilitar o financiamento de novas terapias, destacando a importância das descobertas para a saúde pública.

O Prêmio Nobel de Medicina de 2025 foi concedido a Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi por suas descobertas sobre células que impedem o ataque do sistema imunológico a tecidos saudáveis. O anúncio foi feito pelo Instituto Karolinska, na Suécia, nesta segunda-feira (6). Os laureados dividirão o prêmio de 11 milhões de coroas suecas, cerca de R$ 6,2 milhões.

As pesquisas dos cientistas elucidiram o mecanismo da tolerância imunológica periférica, fundamental para entender como o corpo evita autoataques. Mary Brunkow, doutora pela Universidade de Princeton, e Fred Ramsdell, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, descobriram, em 2001, que mutações no gene FOXP3 estão ligadas a doenças autoimunes. Shimon Sakaguchi, por sua vez, identificou as células T reguladoras, que atuam como guardiãs do sistema imunológico.

Avanços na Imunologia

As descobertas têm implicações significativas para o tratamento de doenças autoimunes e câncer. A tolerância periférica atua como uma segunda linha de defesa, controlando respostas imunes exageradas. O pesquisador Helder Veras Ribeiro Filho destaca que esse mecanismo é crucial para evitar que células de defesa ataquem estruturas saudáveis.

Os estudos em torno das células T reguladoras geraram mais de 200 investigações clínicas sobre como manipulá-las para tratamentos eficazes. Ana Maria Caetano Faria, professora da UFMG, observa que muitos pacientes com doenças autoimunes apresentam defeitos na formação dessas células, o que orienta o desenvolvimento de novas terapias.

Implicações para o Futuro

O reconhecimento do Nobel pode estimular pesquisas no Brasil e facilitar o financiamento de novas terapias. Ana Faria enfatiza que o prêmio pode chamar atenção para áreas estratégicas da ciência, incentivando o desenvolvimento de tecnologias acessíveis pelo SUS. Grupos de pesquisa no país já estão explorando a atuação das células T reguladoras em transplantes, destacando a relevância dessas descobertas para a saúde pública.

O trabalho dos laureados não apenas avançou a compreensão do sistema imunológico, mas também abriu portas para novas abordagens terapêuticas, prometendo um futuro mais promissor no combate a doenças autoimunes e câncer.

Relacionados:

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais