- Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que 15 milhões de jovens entre 13 e 15 anos utilizam cigarros eletrônicos, com risco de dependência de nicotina nove vezes maior que o de adultos.
- O documento foi apresentado em Genebra, na Suíça, e pede ações urgentes dos governos para conter essa tendência crescente entre adolescentes.
- O diretor do Departamento de Controle de Doenças Crônicas da OMS, Etienne Krug, destacou que os cigarros eletrônicos estão criando uma nova onda de dependência, viciando jovens em nicotina mais cedo.
- O relatório analisa dados de mais de 2.034 inquéritos realizados entre 1990 e 2024, mostrando que mais de 100 milhões de pessoas no mundo, incluindo 86 milhões de adultos, utilizam cigarros eletrônicos.
- A OMS também aponta uma redução de 19,5% no número de fumantes de tabaco convencional desde o início do século, com a previsão de que a taxa global de consumo de tabaco caia para 17,4% até 2030.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um novo relatório que revela que 15 milhões de jovens entre 13 e 15 anos utilizam cigarros eletrônicos. Este aumento no uso entre adolescentes é alarmante, pois o risco de dependência de nicotina para essa faixa etária é nove vezes maior do que para adultos. O documento foi apresentado em Genebra, na Suíça, e destaca a necessidade de medidas urgentes por parte dos governos para conter essa tendência.
O diretor do Departamento de Controle de Doenças Crônicas da OMS, Etienne Krug, enfatizou que os cigarros eletrônicos estão criando uma nova onda de dependência. Embora sejam promovidos como alternativas menos nocivas ao tabaco convencional, esses dispositivos estão viciando os jovens em nicotina mais cedo, colocando em risco décadas de progresso na redução do consumo de tabaco.
O relatório, que analisa dados de mais de 2.034 inquéritos realizados entre 1990 e 2024, mostra que mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo 86 milhões de adultos, utilizam cigarros eletrônicos. Apesar do crescimento desse consumo, a OMS também aponta uma redução de 19,5% no número de fumantes de tabaco convencional desde o início do século, passando de 1,38 bilhões para 1,24 bilhões em 2024.
Tendências Regionais
As projeções indicam que até 2030, a taxa global de consumo de tabaco deverá cair para 17,4% da população. A redução é mais acentuada entre as mulheres, cuja taxa de consumo caiu de 16,5% para 6,6% em 25 anos. Entre os homens, a diminuição foi de 49,8% para 32,5%. A Europa agora é a região com a maior prevalência de fumantes, atingindo 24,1%, enquanto a África apresenta os menores índices, com 9,5%.
A OMS alerta que, em nenhuma região do mundo, o consumo juvenil de tabaco é inferior a 9%. Na América Latina, o Chile e a Argentina têm os maiores percentuais, com 26,7% e 23,5%, respectivamente. O diretor-geral adjunto da OMS, Jeremy Farrar, ressaltou a urgência de proteger as novas gerações da dependência da nicotina, pedindo ações rápidas e eficazes para restringir a publicidade e a venda de produtos eletrônicos de nicotina a menores.
