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Estudo aponta que vulcões pouco conhecidos são a maior ameaça à humanidade

Erupção histórica do Hayli Gubbi na Etiópia eleva alerta sobre vulcões inativos, com cinzas atingindo o Iêmen e o espaço aéreo do norte da Índia, e lançamento da Global Volcano Risk Alliance

Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
(USGS/Hawaiian Volcano Observatory/Reprodução)
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  • Em novembro de 2025, o vulcão Hayli Gubbi, na Etiópia, entrou em erupção pela primeira vez no registro, lançando cinzas até 13,7 km de altitude e afetando o Iêmen e o espaço aéreo do norte da Índia.
  • O estudo sustenta que vulcões pouco monitorados e inativos têm maior probabilidade de causar grandes erupções globais do que os mais conhecidos.
  • Exemplo histórico: El Chichón, em 1982, rompeu décadas de quietude e provocou erupções com impactos amplos, incluindo cinzas e danos em áreas vizinhas.
  • Observa-se hierarquia de estudo: há mais pesquisas sobre o Monte Etna do que sobre muitos vulcões da Indonésia, Filipinas e Vanuatu, regiões com alta densidade populacional e risco.
  • Para reduzir riscos, foi criada a Global Volcano Risk Alliance, focada em monitoramento, preparação e resposta antes de erupções de alto impacto.

O vulcão Hayli Gubbi, na Etiópia, entrou em erupção pela primeira vez no registro histórico em novembro de 2025, lançando nuvens de cinza a 13,7 km de altitude e alcançando áreas vizinhas como o Iêmen. O episódio afetou o espaço aéreo do norte da Índia, evidenciando impactos que vão além da região próxima ao vulcão. A erupção coloca em foco a necessidade de monitoramento e preparação para eventos de alto impacto.

O tema ganha relevância diante de pesquisas que apontam que vulcões considerados inativos ou pouco monitorados costumam gerar eruções significativas com impactos globais. Estudos citados indicam que, em várias regiões densamente povoadas, grandes erupções têm origem em vulcões com histórico curto de registro. A partir dessas constatações, pesquisadores defendem maior vigilância, alerta precoce e planos de resposta.

Para enfrentar esse cenário, pesquisadores lançaram a Global Volcano Risk Alliance, uma instituição filantrópica voltada à preparação antecipada para erupções graves. A iniciativa envolve cientistas, tomadores de decisão e organizações humanitárias, com foco em destacar riscos negligenciados e reforçar capacidades de monitoramento.

Segundo o professor Mike Cassidy, da Universidade de Birmingham, a aliança atua para reduzir lacunas de conhecimento e melhorar a cooperação entre comunidades, autoridades e comunidades científicas. O objetivo é agir preventivamente para evitar que vulcões pouco estudados se tornem crises globais.

Análises apontam que a previsibilidade de eventos vulcânicos depende de investimentos em monitoramento, comunicação eficaz e coordenação entre setores. Exemplos históricos mostram que desastres podem ser contidos com preparo adequado, como em eventos no Monte Pinatubo (1991) e no Monte Merapi (2019).

O relatório também destaca que regiões como América Latina, Sudeste Asiático, África e Pacífico concentram milhões de pessoas expostas a vulcões com registros limitados. A expansão de monitoramento e de planos comunitários de resposta aparece como etapa essencial para reduzir impactos socioeconômicos.

Em síntese, o episódio de Hayli Gubbi serve como alerta sobre vulnerabilidades comuns em volcanologia contemporânea. A Global Volcano Risk Alliance propõe ações coordenadas para evitar que o próximo vulcão “oculto” desencade uma crise de escala global.

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