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América Latina em 2025: conservação versus crime e extração

em 2025, América Latina viveu o choque entre conservação e crimes ambientais, com expansão de mineração e desmatamento, frente a avanços indígenas e políticas públicas

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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  • Em 2025, a América Latina permaneceu entre esforços de conservação e pressões de crime organizado e atividades extractivas, com desmatamento e mineração aumentando em várias áreas.
  • Governo colombiano avançou na agenda ambiental, aprovando entidades indígenas com autonomia local e mantendo liderança em biodiversidade, cooperação na Amazônia e financiamento de natureza.
  • México lançou o Programa Nacional de restauração ambiental 2025–2030, com metas para recuperar áreas devastadas, revitalizar ecossistemas costeiros e ampliar áreas verdes urbanas.
  • Países como Chile avançaram em legislação de biodiversidade e controles ambientais, enquanto no Peru houve expansão de mineração formalizada e reativação de blocos de petróleo, elevando riscos ambientais.
  • A criação do Mecanismo de Povos Indígenas da Amazônia (MAP I) e a cooperação regional, incluindo o corredor biocultural Grande Floresta Maia (Great Maya Forest Biocultural Corridor), foram apontados como avanços significativos para a participação indígena e conservação transfronteiriça.

Em 2025, a região enfrentou um endurecimento entre conservação e exploração, com crimes ambientais em ascensão e expansão de atividades de mineração e agroindustrialização em diversos países da América Latina. O foco esteve nas florestas tropicais, ecossistemas úmidos e áreas indígenas, plasmando o cenário para COP16/30.

Ates seus desdobramentos, governos avançaram em estruturas legais, estratégias de restauração e finanças verdes, mas a pressão de economias ilícitas e do extrativismo manteve ameaças persistentes a bosques, rios e territórios tradicionais. A contabilidade de danos ambientais também sinalizou recordes de perda de floresta.

Várias nações atuaram de forma diferente. Em Colômbia, houve reconhecimento de direitos indígenas e fortalecimento de entidades territoriais, ao mesmo tempo em que aumentaram a desmatamento e atividades de ouro nas margens de rios. No México, o governo lançou um programa nacional de restauração ambiental para 2025-2030, com metas ambiciosas de reflorestamento e recuperação de ecossistemas degradados.

No Chile, a lei de biodiversidade ganhou implementação gradual e houve avanços na proteção de áreas naturais, ainda que persista o desafio de qualidade do ar e de uso eficiente da água. O Peru aprovou medidas para formalizar garimpos artesanais, mas ampliou a degradação ambiental em alguns casos e enfrentou desafios legais e de governança.

No Equador, o governo aprofundou o modelo de desenvolvimento baseado em extração, com redução de salvaguardas ambientais e militarização de áreas minerárias, gerando conflitos com comunidades indígenas e pressões sobre a Amazônia. Na Venezuela, além de um endurecimento de ações contra garimpo, crimes ambientais avançaram sob controle de grupos criminosos e repressão estatal.

A Costa Centro-Americana apresentou caminhos variados: alguns governos abriram diálogo com a sociedade civil, enquanto outros reforçaram projetos extrativistas e restringiram espaços cívicos. Honduras e Guatemala mostraram avanços limitados em gestão ambiental, com maior participação social em alguns casos, e beliscaram acordos transfronteiriços de conservação.

Em termos regionais, a assinatura do Corridor Biocultural da Grande Maía, envolvendo México, Belize e Guatemala, destacou-se como referência de cooperação transfronteiriça para conservação, restauração e manejo comunitário de vastas áreas florestais. A medida enfatizou a importância de certificados e práticas sem desmatamento para atender mercados globais.

Entre as grandes pautas, a proteção de povos indígenas ganhou visibilidade, com mecanismos de participação reconhecidos em algumas frentes, ainda que a proteção efetiva de territórios continue desigual. Oficinas e discussões sobre governança ambiental permaneceram centrais para balizar políticas públicas em 2026.

Na prática, o conjunto de ações revela um equilíbrio instável entre ambição de conservação, interesses econômicos e riscos de criminalidade. A região continua dependente de cooperação regional e de recursos financeiros para sustentar políticas de restauração, monitoramento e proteção de ecossistemas.

Em síntese, 2025 consolidou a verdade de que esforços de proteção ambiental não caminham isolados. A efetividade depende de governança forte, transparência, fiscalização eficaz e respeito aos direitos de comunidades tradicionais, bem como de acordos multilaterais que ampliem o espaço para ações concretas no terreno.

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