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Ninhos de frangos-d’água em Amsterdã revelam lixo plástico de três décadas atrás

- Frangos-d’água em Amsterdã usam plástico para construir ninhos, refletindo poluição. - Estudo analisou 15 ninhos, revelando resíduos de até três décadas, como embalagens. - Aves adaptam-se à escassez de materiais naturais em áreas urbanas, reutilizando lixo. - Uso de plástico pode facilitar a construção, mas traz riscos à saúde dos filhotes. - Pesquisa destaca a marca duradoura da poluição na vida selvagem e na reprodução.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela

Nos canais de Amsterdã, um estudo publicado na revista Ecology revelou que os ninhos do frango-d’água (Fulica atra) se tornaram um reflexo da poluição humana. A pesquisa analisou 15 ninhos e constatou que todos continham resíduos plásticos, alguns com até três décadas de idade. Entre os itens encontrados, estavam uma embalagem de chocolate da Copa […]

Nos canais de Amsterdã, um estudo publicado na revista Ecology revelou que os ninhos do frango-d’água (Fulica atra) se tornaram um reflexo da poluição humana. A pesquisa analisou 15 ninhos e constatou que todos continham resíduos plásticos, alguns com até três décadas de idade. Entre os itens encontrados, estavam uma embalagem de chocolate da Copa do Mundo de 1994 e uma caixa de hambúrguer do McDonald’s de 1996, além de máscaras descartáveis da pandemia de covid-19.

Os pesquisadores observaram que, em vez de utilizar apenas materiais naturais, como folhas e juncos, as aves passaram a incorporar lixo plástico na construção de seus ninhos. Essa adaptação resulta em estruturas mais duráveis, que são reaproveitadas e ampliadas a cada temporada de reprodução. O estudo destaca que o lixo nos ninhos reflete hábitos de consumo e mudanças sociais, evidenciando a persistência do plástico no ambiente.

Imagens do Google Street View foram analisadas para confirmar que os ninhos eram reutilizados ano após ano, reforçando a ideia de que a poluição plástica urbana deixou uma marca duradoura na vida selvagem. Parte dos resíduos coletados foi enviada ao Museon-Omniversum, na Holanda, onde agora faz parte de uma exposição sobre os efeitos do Antropoceno, a era geológica marcada pela interferência humana no planeta.

Embora o uso de plástico facilite a construção dos ninhos e economize tempo e energia, ele também representa riscos. Fios e fitas plásticas podem enroscar nos filhotes, e resíduos plásticos podem liberar substâncias tóxicas ao longo do tempo. O estudo sugere que essa adoção do plástico pode ter contribuído para a sobrevivência dos frangos-d’água em áreas urbanas, mas o impacto desse comportamento na reprodução e saúde das aves ainda requer mais investigação.

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