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Pirâmides egípcias abrigavam também trabalhadores e servos, revela nova pesquisa

Tradições funerárias egípcias são reavaliadas após descoberta de que trabalhadores braçais também podem ter sido sepultados em pirâmides.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela

Pesquisas recentes revelam que as pirâmides egípcias não eram exclusivas de membros da elite, como se pensava anteriormente. Um estudo publicado no Journal of Anthropological Archaeology analisou 110 esqueletos encontrados em Tombos, um sítio arqueológico no norte do Sudão, indicando que trabalhadores braçais também podem ter sido sepultados nessas estruturas. Os pesquisadores focaram nas entheses, […]

Pesquisas recentes revelam que as pirâmides egípcias não eram exclusivas de membros da elite, como se pensava anteriormente. Um estudo publicado no Journal of Anthropological Archaeology analisou 110 esqueletos encontrados em Tombos, um sítio arqueológico no norte do Sudão, indicando que trabalhadores braçais também podem ter sido sepultados nessas estruturas. Os pesquisadores focaram nas entheses, áreas dos ossos onde tendões se conectam, identificando marcas que refletem o nível de atividade física dos indivíduos.

Os resultados mostraram que, enquanto alguns esqueletos apresentavam sinais de vida sedentária, outros exibiam alterações típicas de quem realizava trabalhos pesados, como construção e transporte de materiais. Essa descoberta desafia a visão tradicional de que as pirâmides eram apenas para a elite. Os autores sugerem que os servos poderiam ser enterrados próximos aos seus empregadores para reforçar a hierarquia social mesmo após a morte, ou que os próprios trabalhadores buscavam esse tipo de sepultamento para obter prestígio ou proteção mágica.

As pirâmides de Tombos, embora menores que as de Gizé, tinham um forte valor simbólico durante a dominação egípcia da Núbia, por volta de 1400 a.C.. O local funcionou como um entreposto colonial egípcio, estabelecido para garantir controle sobre a região. Os túmulos encontrados apresentam características híbridas, misturando tradições egípcias e núbias, o que ajuda a entender a interação cultural entre essas sociedades.

Construídas com tijolos de barro, as pirâmides de Tombos eram mais modestas que as de faraós, mas sua presença indica que o formato era mais amplamente utilizado do que se imaginava. Os pesquisadores acreditam que essa disseminação pode ter sido uma estratégia das elites locais para se equiparar simbolicamente à elite egípcia, mantendo os trabalhadores próximos e reforçando sua posição social.

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