03 de jul 2025

Estudo revela qual criatura reinava nos oceanos há 100 milhões de anos
Descoberta de mil bicos fossilizados de lulas do Cretáceo Superior revela que esses cefalópodes eram dominantes nos oceanos há 100 milhões de anos.

Fósseis de lula (Foto: Reprodução/Universidade de Hokkaido)
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Cientistas da Universidade de Hokkaido, no Japão, fizeram uma descoberta significativa ao encontrar mil bicos fossilizados de lulas do Cretáceo Superior, datados de aproximadamente 100 milhões de anos. A pesquisa, publicada na revista Science, revela que as lulas eram mais numerosas e dominantes nos oceanos da época do que peixes e amonites.
A identificação dos fósseis foi possível graças a uma técnica inovadora chamada “mineração digital de fósseis”, que permite visualizar fósseis em três dimensões. Entre os bicos encontrados, foram identificados 263 espécimes pertencentes a cerca de 40 espécies diferentes, muitas delas desconhecidas até então. Shin Ikegami, do Departamento de Ciências da Terra e Planetárias, destacou que as lulas antigas dominavam os mares em número e tamanho.
Essa descoberta altera a compreensão dos ecossistemas marinhos da era dos dinossauros. Até agora, acreditava-se que as lulas surgiram e se diversificaram após a extinção dos dinossauros, há cerca de 65 milhões de anos. O novo estudo mostra que esses cefalópodes já estavam em plena ascensão evolutiva muito antes desse marco.
Importância dos Fósseis
Os bicos fossilizados são essenciais para entender a evolução das lulas, uma vez que suas estruturas frágeis raramente resistem ao tempo. A pesquisa indica que as lulas ancestrais eram tão grandes quanto os peixes contemporâneos e frequentemente maiores que as amonites. Além disso, os dois principais grupos de lulas modernas, Myopsida e Oegopsida, já existiam há 100 milhões de anos, sugerindo uma diversificação precoce.
Os cientistas ressaltam que essa nova visão sobre as lulas como criaturas dominantes nos oceanos do Cretáceo levanta novas questões sobre as dinâmicas oceânicas da época. Yasuhiro Iba, líder da equipe de pesquisa, afirmou que essas descobertas mudam radicalmente a compreensão dos ecossistemas marinhos do passado.
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