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Copom eleva Selic a 14,75% e gera reações divergentes entre setores econômicos

Copom eleva Selic a 14,75%, o maior nível em quase 20 anos, gerando reações divergentes entre setores da economia.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa Selic para 14,75% ao ano, o maior nível em quase 20 anos. Essa decisão gerou reações diferentes entre os setores da economia. A indústria criticou a medida, afirmando que isso pode prejudicar o emprego e a renda, enquanto o varejo apoiou a alta, preocupando-se com a inflação nos serviços. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) alertou que a elevação da Selic pode levar a um crescimento econômico mais baixo, enquanto a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) considerou o aumento excessivo, destacando que a atividade econômica já está fraca. Por outro lado, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) viu a alta como necessária, embora preferisse um aumento menor. Economistas de bancos também acreditam que o ciclo de alta pode ter chegado ao fim, com a Selic se mantendo nesse patamar elevado por um tempo, mas sem novos aumentos imediatos. A expectativa é que, se a inflação melhorar, cortes na taxa possam ocorrer no futuro.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic para 14,75% ao ano, o maior nível em quase 20 anos, durante reunião realizada na quarta-feira (8). A decisão visa controlar a inflação, que permanece elevada, especialmente em serviços. A medida gerou reações divergentes entre setores da economia.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticou a elevação, afirmando que ela impõe um fardo à economia e pode impactar negativamente emprego e renda. O presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou que a política monetária contracionista pode resultar no menor crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em cinco anos. A CNI projeta um crescimento de 2,3% para 2025, uma queda em relação ao ano anterior.

Por outro lado, o setor varejista, representado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), considerou a alta necessária, embora preferisse um aumento menor. A entidade ressaltou que a inflação nos serviços, com alta média de 6%, exigia uma resposta do Copom. A FecomercioSP acredita que o ciclo de alta da Selic pode estar próximo do fim.

Reações do Setor Industrial

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) também criticou a decisão, considerando a taxa excessiva. A Firjan alertou que a manutenção de juros altos pode comprometer a competitividade do Brasil em um cenário de incertezas globais. A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) compartilhou preocupações semelhantes, afirmando que a medida pode agravar a desaceleração econômica.

Expectativas do Mercado

Analistas de instituições financeiras, como o Bank of America (BofA) e o BTG Pactual, interpretaram a decisão como o provável encerramento do ciclo de alta. O BofA destacou que a incerteza global ainda é elevada, mas a maior parte do trabalho já foi realizada. O BTG Pactual concordou que a Selic deve permanecer em um nível elevado por um período prolongado, sem necessidade imediata de novos ajustes.

O Citi e o Itaú também projetam estabilidade da Selic em 14,75% até o final do ano, com possibilidade de cortes a partir de 2026, dependendo da evolução da inflação. A expectativa é de que a próxima reunião do Copom, marcada para junho, traga mais clareza sobre os próximos passos da política monetária.

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