- O setor de varejo de luxo nos Estados Unidos enfrenta desafios em 2025, com queda no gasto em comparação ao ano anterior.
- Nos primeiros cinco meses do ano, o gasto com produtos de luxo caiu, apesar de uma leve recuperação em maio, com redução de 1,7%.
- As joias tiveram um aumento de 10,1% nas vendas, enquanto bolsas e relógios enfrentaram dificuldades.
- Marcas de bolsas aumentaram preços em até 40% desde a pandemia, sem inovações significativas.
- Fatores externos, como incertezas comerciais e instabilidade nos preços do petróleo, podem impactar o comportamento do consumidor.
O setor de varejo de luxo nos Estados Unidos, que esperava uma recuperação em 2025, enfrenta um cenário desafiador. Nos primeiros cinco meses do ano, o gasto com produtos de luxo caiu em comparação ao mesmo período de 2024, conforme dados da Citigroup. Apesar de uma leve recuperação em maio, onde o gasto caiu apenas 1,7% em relação ao ano anterior, a tendência geral é de declínio.
A análise da Citi mostra que, enquanto as joias se destacaram com um aumento de 10,1% nas vendas, categorias como bolsas e relógios enfrentaram dificuldades. O gasto com joias tem crescido mensalmente desde setembro, refletindo uma mudança no comportamento do consumidor, que vê essas peças como investimentos. Thomas Chauvet, analista da Citi, destacou que a percepção de valor emocional e intrínseco das joias pode influenciar essa preferência.
Por outro lado, as marcas de bolsas aumentaram seus preços em até 40% desde a pandemia, sem oferecer novidades significativas aos consumidores. Chauvet observou que a falta de inovação nas coleções tem dificultado a diferenciação entre os produtos. No segmento de relógios, embora tenha havido um aumento de 14,7% em maio em comparação ao ano anterior, as principais marcas enfrentaram uma queda de 10% nas vendas.
A recuperação do mercado de luxo pode ser afetada por fatores externos, como a incerteza em relação às tarifas comerciais e a instabilidade nos preços do petróleo devido ao conflito entre Irã e Israel. A combinação de um dólar mais fraco e a expectativa de novas tarifas pode impactar ainda mais o comportamento do consumidor nos próximos meses.
