O Portal Tela conversou com Igor Carneiro, CEO da Vault, uma startup brasileira que busca transformar o investimento em criptomoedas no Brasil. Fundada em janeiro de 2023 por cinco jovens do mercado financeiro, a Vault surgiu para oferecer uma alternativa ao cenário amador de investimentos em cripto. A empresa tem duas áreas: a Vault Capital, que gerencia patrimônio em cripto, e a Vault Research, que fornece conteúdo educacional e recomendações de carteiras. Com 210 clientes na Capital e cerca de 300 assinantes na Research, a Vault já gerencia quase R$ 40 milhões. Apesar de um começo difícil, com a saída de um dos fundadores, a equipe se manteve unida e perseverou, superando desafios iniciais. Um diferencial da Vault é que a consultoria só lucra se o cliente também lucrar, o que elimina conflitos de interesse. A equipe é jovem e trabalha em um ambiente flexível, mas com alta exigência. Igor destaca que o maior desafio do setor é a desinformação, já que muitos investidores buscam enriquecimento rápido sem entender o mercado. Ele acredita que a educação e a regulação são essenciais para amadurecer o cenário de cripto no Brasil. Igor projeta que o Bitcoin pode chegar a 150 mil dólares até 2025 e acredita que, a longo prazo, pode ultrapassar 1 milhão de dólares, visto como uma reserva de valor em tempos de crise.
O Portal Tela bateu um papo com Igor Carneiro, CEO da Vault, uma startup brasileira que quer mudar a forma como se investe em cripto no país.
Criada em janeiro de 2023 por um grupo de cinco jovens do mercado financeiro, a Vault nasceu da inquietação com o cenário amador do investimento em cripto no Brasil. “Na época, só existia aquele ‘arrasta pra cima’ prometendo enriquecimento rápido. A gente queria fazer diferente”, conta Igor. Hoje, a Vault opera com duas frentes: a Vault Capital, voltada para gestão de patrimônio em cripto, e a Vault Research, focada em conteúdo educacional e carteiras recomendadas.
Com uma base de 210 clientes de alto ticket na Capital e cerca de 300 assinantes na Research, a empresa soma quase R$ 40 milhões sob gestão.
Como tudo começou
Apesar do crescimento, o caminho foi instável. Um dos fundadores, que também era o primeiro CEO, deixou o negócio após poucos meses, o que abalou a confiança dos sócios. “Ele era quem mais entendia do setor. A saída foi um baque”, relembra Igor. Mesmo assim, os quatro remanescentes decidiram seguir em frente.
No primeiro grande lançamento, a Vault vendeu apenas duas assinaturas — e uma delas foi feita internamente, apenas para teste. “Parecia que nada ia dar certo. Mas a gente continuou e, aos poucos, o negócio virou.”
Se o cliente ganha, a empresa ganha
Um diferencial do modelo da Vault é que a consultoria da Capital só lucra se o cliente lucrar. “Nosso fee é sobre a performance. Não faz sentido eu ganhar se você perder”, explica Igor. Esse formato, chamado de performance fee-based, elimina conflitos de interesse e é apontado pelo CEO como tendência para o futuro da consultoria de investimentos no Brasil.
A juventude como obstáculo e vantagem
A Vault é formada por 26 pessoas, a maioria bem jovem. O modelo de trabalho é híbrido e flexível, mas com alta exigência. A sede na Vila Olímpia, em São Paulo, funciona como um cartão de visitas: “Tem cliente que chega com desconfiança por causa da nossa idade, mas muda de ideia quando vê o nível da estrutura”, diz Igor.
No dia a dia, o escritório funciona praticamente em dois turnos — um mais convencional e outro que cobre a madrugada, já que o mercado cripto nunca dorme.
Um novo jeito de investir com segurança
Para o CEO da Vault, o maior desafio do setor é a desinformação. “As pessoas acham que vão ficar ricas do dia para a noite, investindo em moedas que nem entendem. Aí perdem tudo e culpam o mercado”, comenta.
Segundo ele, a Vault trabalha para quebrar essa lógica, tratando o investimento em cripto como se fosse o mercado tradicional: com análise de fundamentos, estratégia e acompanhamento técnico.
A empresa recomenda carteiras conservadoras, moderadas e arrojadas, explicando detalhadamente os motivos de cada escolha.
O que esperar do Bitcoin até 2025 — e além
O otimismo é moderado. Igor projeta que o Bitcoin pode chegar a 150 mil dólares ainda em 2025, e acredita que, no longo prazo, ele pode sim ultrapassar 1 milhão de dólares, mas não por explosões de valorização, e sim pela desvalorização das moedas fiduciárias.
“Bitcoin é reserva de valor. Em um cenário de guerra, crise ou inflação alta, é um ativo que ninguém pode confiscar ou manipular.”
Cripto no Brasil
O mercado de cripto no país já soma mais investidores que a própria bolsa, mas muitos entram por impulso ou por promessas de memecoins. Segundo Igor, apenas uma pequena parcela — cerca de 10% — investe com consciência e visão de longo prazo.
Ele aposta que, com mais educação e regulação, o cenário tende a amadurecer. “Hoje, o brasileiro médio ainda guarda dinheiro na poupança. Nosso papel é mostrar que existe outro caminho, com responsabilidade e estratégia.”
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O vídeo com Igor Carneiro, CEO da Vault, vai ao ar em breve no nosso canal do YouTube: [www.youtube.com/@PortalTela](https://www.youtube.com/@PortalTela)