- As ações da Novo Nordisk caíram 45% em um ano devido a revisões de lucro e resultados insatisfatórios em ensaios clínicos.
- A Eli Lilly também enfrenta desafios, mas sua queda foi de apenas 6%.
- Ambas as empresas planejam lançar novas pílulas para emagrecimento em 2026, que devem ser mais acessíveis que as injeções atuais.
- O mercado global de medicamentos para emagrecimento deve triplicar até 2030, alcançando mais de 80 bilhões de euros, segundo a Goldman Sachs.
- A Novo Nordisk demitiu 9.000 funcionários, representando 11% de sua força de trabalho, enquanto a Eli Lilly ajustou suas previsões apenas uma vez.
A indústria de medicamentos para emagrecimento enfrenta um momento desafiador, com Novo Nordisk e Eli Lilly lidando com quedas significativas em suas ações. A Novo Nordisk, que viu suas ações despencarem 45% em um ano, enfrenta dificuldades devido a revisões de lucro e resultados insatisfatórios em ensaios clínicos. Em contrapartida, a Eli Lilly teve uma queda mais modesta de 6%, mas também enfrenta desafios.
Ambas as empresas estão otimistas quanto ao futuro, com planos de lançar novas pílulas para emagrecimento em 2026. Essas pílulas, que prometem ser mais acessíveis e fáceis de usar do que as injeções atualmente disponíveis, estão em processo de aprovação nos Estados Unidos. A Novo Nordisk apresentou sua versão em maio, enquanto a Eli Lilly deve seguir com a sua até o final deste ano.
O mercado global de medicamentos para emagrecimento deve triplicar até 2030, alcançando mais de 80 bilhões de euros, segundo projeções da Goldman Sachs. Apesar das dificuldades atuais, analistas permanecem otimistas. Para a Novo Nordisk, 17 das 33 firmas monitoradas recomendam a compra de suas ações, enquanto a Eli Lilly tem 28 de 37 analistas sugerindo a mesma estratégia.
Ambas as farmacêuticas também enfrentam a pressão do governo dos Estados Unidos para reduzir preços e a concorrência de medicamentos genéricos, o que levou a Novo Nordisk a cortar suas projeções de vendas e a demitir 9.000 funcionários, representando 11% de sua força de trabalho. A Eli Lilly, por sua vez, ajustou suas previsões apenas uma vez.
As incertezas no setor são amplificadas pela pressão política e pela necessidade de atender a uma demanda que superou as expectativas. As duas empresas, que mantêm parte significativa de sua produção na Europa, também se preparam para enfrentar tarifas sobre medicamentos importados, o que pode impactar ainda mais seus resultados financeiros.