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JBS se prepara para a possível mudança no ciclo pecuário brasileiro

A JBS projeta queda de mais de 9% nos abates de bovinos até 2026, buscando novas parcerias e contratos com pecuaristas para garantir fornecimento.

Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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  • A JBS, maior produtora global de carnes, se prepara para uma possível queda na oferta de bovinos para abate em 2024.
  • A empresa projeta uma redução de mais de 9% nos abates até 2026, totalizando 37,1 milhões de cabeças, segundo a consultoria Datagro.
  • A diminuição se deve a um movimento de abate de matrizes, que precede a retenção de fêmeas para a produção de bezerros.
  • A JBS está adotando novas estratégias de compra e formando parcerias com pecuaristas, buscando contratos a termo e incorporando tecnologias modernas.
  • O mercado de carne bovina no Brasil está equilibrado, com preços variando entre R$ 290 e R$ 330.

SÃO PAULO (Reuters) – A JBS, maior produtora global de carnes, está se preparando para uma possível diminuição na oferta de bovinos para abate em 2024. Eduardo Pedroso, diretor-executivo de Originação da Friboi JBS, destacou que a empresa está adotando novas estratégias de compra e parcerias com pecuaristas para enfrentar essa mudança.

Nos últimos 24 meses, o Brasil vivenciou um aumento significativo na oferta de bovinos, resultando em uma sobreoferta que beneficiou a indústria de carnes. Contudo, a expectativa é que os abates de bovinos no Brasil caiam mais de 9% em 2026, totalizando 37,1 milhões de cabeças, segundo a consultoria Datagro. Essa queda se deve a um forte movimento de abate de matrizes, que geralmente precede a retenção de fêmeas para a produção de bezerros.

Mudanças no Ciclo Pecuário

Pedroso ressaltou que a JBS está se adaptando ao ciclo pecuário, que apresenta oscilações naturais. A empresa tem buscado contratos a termo com pecuaristas, comprando bois ainda na gestação, o que reflete uma evolução na relação entre a indústria e os produtores. Ele acredita que a incorporação de tecnologias e manejos modernos pode suavizar os impactos das oscilações de preços.

Roberto Perosa, presidente da Abiec, expressou ceticismo em relação à previsão de queda nos abates. Ele argumentou que o mercado deve permanecer equilibrado, citando melhorias genéticas no rebanho e um consumo interno estável, especialmente em um ano eleitoral como 2026. Perosa acredita que o aumento da renda e o pleno emprego podem estimular a demanda por carne bovina.

Expectativas para o Mercado

Atualmente, o mercado de carne bovina no Brasil está equilibrado, com cotações variando entre R$ 290 e R$ 330. A JBS e outros players do setor estão atentos às mudanças no ciclo pecuário, buscando estratégias que garantam a continuidade do fornecimento e a estabilidade dos preços. A evolução das práticas de manejo e a integração entre lavoura e pecuária são vistas como oportunidades para mitigar os efeitos de possíveis quedas na oferta.

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