- O Goldman Sachs revisou suas projeções para a Vale (VALE3), aumentando a expectativa de Ebitda para US$ 13,9 bilhões em 2025, de US$ 13,5 bilhões.
- A mineradora pode distribuir dividendos extraordinários entre US$ 200 milhões e US$ 400 milhões em março de 2026.
- A análise do banco destaca a melhoria nas divisões de minério de ferro e metais básicos, além da redução do ponto de equilíbrio em US$ 5 por tonelada.
- A administração da Vale prevê um preço do minério de ferro em torno de US$ 90 por tonelada, com produção anual estimada em 360 milhões de toneladas.
- A recomendação de compra foi mantida, com preço-alvo de US$ 14,8 por ação em 12 meses, apesar de riscos como a queda do preço do minério e a valorização do real.
O Goldman Sachs revisou suas projeções para a Vale (VALE3), aumentando a expectativa de Ebitda para US$ 13,9 bilhões em 2025, ante os US$ 13,5 bilhões anteriores. A mudança reflete a adaptação da mineradora às condições de mercado e a possibilidade de dividendos extraordinários entre US$ 200 milhões e US$ 400 milhões em março de 2026.
A análise do banco destaca a melhora nas divisões de minério de ferro e metais básicos. A Vale conseguiu reduzir seu ponto de equilíbrio em US$ 5 por tonelada no primeiro semestre, o que demonstra uma gestão mais eficiente. A preservação das reservas de alto teor em Carajás é um fator crucial, garantindo a continuidade do plano de mina até 2027 sem depender de mudanças regulatórias.
Desempenho dos Metais Básicos
O Goldman Sachs também observou que o níquel teve um desempenho superior ao esperado no segundo trimestre, com custos reduzidos e uma perspectiva de melhora duradoura. No entanto, a operação ainda consome caixa e depende da recuperação do ciclo. Para o cobre, o banco não incluiu no modelo o plano de produção de 700 mil toneladas anuais até 2035, devido à falta de detalhes técnicos, mas simulações foram feitas para avaliar o potencial de geração de valor.
A administração da Vale prevê um equilíbrio no preço do minério de ferro em torno de US$ 90 por tonelada, mesmo com a entrada do projeto Simandou. O Goldman estima que a produção anual se mantenha em 360 milhões de toneladas, com ajustes comerciais, como no Brazilian Blend Fines (BRBF), que gerou US$ 400 milhões adicionais em Ebitda.
Expectativas e Riscos
As projeções de Ebitda foram ajustadas em +3% para 2025, -3% para 2026 e -1% para 2027, refletindo as condições de mercado e novos investimentos. A recomendação de compra foi mantida, com um preço-alvo de US$ 14,8 por ação em 12 meses. Entre os riscos, os analistas mencionam a possibilidade de uma queda acentuada no preço do minério de ferro, a valorização do real em relação ao dólar e dificuldades na recuperação do cobre e do níquel.