- A Moody’s Analytics avaliou que um possível acordo entre Lula da Silva e Donald Trump não alteraria significativamente o cenário econômico dos EUA e do Brasil; a conversa entre os líderes ocorreu em 6 de outubro, sem confirmação de encontro na Cúpula da ASEAN, e qualquer alívio tarifário seria mais um acelerador do que uma reversão total.
- O Brasil já colhe benefícios do redirecionamento do comércio, com aumento das exportações de milho e soja para a China; as tarifas não voltariam aos patamares anteriores e a expectativa é que um acordo apenas aceleraria a redução, não a revertê-la completamente.
- As tarifas permaneceriam elevadas em comparação aos níveis anteriores, mesmo com um pacto; o Brasil não deve ter o mesmo alívio que parceiros próximos dos EUA, como Reino Unido e Japão, devido a disputas comerciais e ao papel do país nos BRICS; barreiras não tarifárias dificultam a competitividade.
- O chamado Custo Brasil eleva o preço de produtos como eletrodomésticos e eletrônicos, que podem custar até cinquenta por cento a mais no país em relação a outras economias emergentes, devido à burocracia e aos impostos; condições favoráveis no curto prazo são improváveis.
- Em resumo, a Moody’s Analytics afirma que, apesar das conversas entre Lula e Trump, não há mudanças relevantes no curto prazo; a dinâmica do comércio global e as condições internas do Brasil devem continuar moldando as relações comerciais.
A Moody’s Analytics avaliou que um possível acordo entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump não alteraria significativamente o cenário econômico dos Estados Unidos e do Brasil. Embora a conversa telefônica entre os líderes tenha ocorrido no dia 6 de outubro, sem confirmação de um encontro na Cúpula da ASEAN, analistas destacam que qualquer alívio tarifário seria mais um acelerador do que uma reversão total das tarifas.
Os analistas da Moody’s afirmam que o Brasil já se beneficia do redirecionamento do comércio, especialmente com o aumento das exportações de milho e soja para a China. Este movimento reduz o impacto das tarifas americanas sobre os produtos brasileiros, que, segundo as projeções, não retornarão aos níveis anteriores à administração Trump. A expectativa é que um eventual acordo apenas acelere a redução tarifária, mas não a revertam completamente.
Impactos das Tarifas
A análise indica que mesmo com um pacto comercial, as tarifas ainda permanecerão elevadas em comparação aos níveis anteriores. O Brasil não deve receber o mesmo nível de alívio que outros parceiros comerciais mais próximos dos EUA, como Reino Unido e Japão, devido a disputas comerciais e ao papel do país nos BRICS. A complexidade das barreiras não tarifárias, como regulamentações e impostos, também dificulta a competitividade das empresas americanas no Brasil.
Custo Brasil
O chamado Custo Brasil é um fator crucial que limita a atratividade do mercado brasileiro. Produtos como eletrodomésticos e eletrônicos podem custar até 50% mais no Brasil do que em outras economias emergentes. Isso se deve a uma rede complexa de burocracia e impostos que elevam os preços, tornando improvável que as empresas americanas encontrem condições favoráveis no curto prazo.
A análise da Moody’s destaca que, apesar das conversas entre Lula e Trump, o cenário econômico permanece estável, sem grandes mudanças esperadas no curto prazo. A dinâmica do comércio global e as condições internas do Brasil continuarão a moldar as relações comerciais entre os dois países.