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Stablecoins redefinem o mercado de criptomoedas

Stablecoins dominam o Brasil; FMI alerta riscos à estabilidade financeira e possível dreno de até US$ 1 trilhão

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Adesão de empresas às stablecoins vem aumentando
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  • As stablecoins estão se consolidando como protagonistas, especialmente no Brasil, onde cerca de 90% das moedas digitais em circulação são desse tipo, segundo a Chainalysis, atuando como ponte entre sistemas de pagamento tradicionais e o universo cripto.
  • O crescimento na América Latina destaca a utilidade em ambientes de alta volatilidade cambial, ajudando a preservar o poder de compra e facilitar pagamentos internacionais e remessas.
  • Um relatório do Fundo Monetário Internacional aponta riscos à estabilidade financeira e à política monetária, além de possível competição com o crédito tradicional; o Standard Chartered estima que até US$ 1 trilhão de depósitos de bancos em economias emergentes podem migrar para stablecoins.
  • O uso prático fica evidente em transferências internacionais; por exemplo, houve envio de US$ 100 mil entre ucranianos via stablecoins devido a restrições do sistema bancário tradicional.
  • Reguladores devem buscar regras que não parem a inovação; no longo prazo, várias stablecoins devem coexistir, com o DREX, moeda digital do Banco Central do Brasil, ganhando espaço e exigindo regulações AML compatíveis com inovação.

As stablecoins estão se consolidando como protagonistas no mercado de criptomoedas, especialmente no Brasil, onde cerca de 90% das moedas digitais em circulação são desse tipo, segundo a Chainalysis. Essas moedas atuam como uma ponte entre sistemas de pagamento tradicionais e o universo cripto, permitindo preservação de valor, pagamentos internacionais e remessas. O crescimento acelerado das stablecoins na América Latina destaca sua utilidade em países com alta volatilidade cambial, onde ajudam a manter o poder de compra.

Um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta que as stablecoins podem representar riscos à estabilidade financeira e à política monetária, além de potencialmente competir com o crédito tradicional. O Standard Chartered estima que essas moedas digitais possam drenar até US$ 1 trilhão de depósitos de bancos em economias emergentes nos próximos anos. Esse cenário exige uma atenção redobrada dos reguladores, que ainda estão aprendendo a lidar com esse novo mecanismo financeiro.

Crescimento e Utilidade

O avanço das stablecoins é impulsionado por sua funcionalidade em regiões com inflação elevada, como Argentina e países africanos. Segundo Sofia Düesberg, General Manager da Conduit Brasil, essas moedas permitem que usuários preservem seu poder de compra em um ambiente econômico instável. Além disso, as stablecoins simplificam transferências internacionais, substituindo métodos tradicionais como o SWIFT, que são caros e burocráticos.

Um exemplo prático foi a transferência de US$ 100 mil feita pelo boxeador ucraniano Oleksandr Usyk a um conterrâneo, que só foi possível devido às restrições do sistema bancário tradicional. O uso das stablecoins demonstra um perfil de investidor latino-americano que busca utilidade em vez de especulação, diferentemente do que se observa nos Estados Unidos.

Desafios Regulatórios

Com o crescimento das stablecoins, a regulamentação se torna uma prioridade. Especialistas alertam para a necessidade de criar regras que não impeçam a inovação, mas que também garantam a segurança do sistema financeiro. Paulo Camargo, CIO da Underblock, destaca que a regulamentação deve ser evolutiva e considerar as particularidades de cada stablecoin.

A expectativa é que, no longo prazo, diversas stablecoins coexistam, cada uma atendendo a necessidades financeiras específicas. Além das moedas atreladas ao dólar, como a USDT e a USDC, o DREX, moeda digital do Banco Central do Brasil, também está ganhando espaço. O desafio é equilibrar inovação com segurança, conforme as stablecoins continuam a redefinir o mercado financeiro.

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