- Petrobras iniciou a perfuração do poço Morpho, o quinto mais profundo da empresa, em águas profundas do Amapá, no bloco FZA-M-059, a quinhentos quilômetros da foz do rio Amazonas, após receber licença ambiental do Ibama.
- A operação deve durar cinco meses e, durante a perfuração, não haverá produção de petróleo; dados coletados serão avaliados para entender a viabilidade econômica da área.
- A profundidade da água é de 2.880 metros e a coluna de rocha prevista é superior à do pré-sal, exigindo cuidados especiais.
- A diretora executiva de exploração e produção, Sylvia dos Anjos, disse que o projeto é em área nova e pode exigir mais tempo devido a imprevisibilidades.
- O diretor financeiro, Fernando Melgarejo, destacou a complexidade técnica e a necessidade de caixa suficiente para eventual distribuição extraordinária de dividendos, mantendo o compromisso com segurança e responsabilidade.
A Petrobras iniciou a perfuração do poço Morpho, o quinto mais profundo da empresa, em águas profundas do Amapá. A operação começou após a obtenção da licença ambiental do Ibama e deve durar cerca de cinco meses. A perfuração ocorre no bloco FZA-M-059, localizado a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas.
Durante a fase de perfuração, não haverá produção de petróleo. A equipe técnica da Petrobras analisará os dados coletados para entender a viabilidade econômica da área. A diretora executiva de exploração e produção, Sylvia dos Anjos, afirmou que o projeto exige cuidados especiais, já que é uma área nova e a profundidade ultrapassa 7.000 metros em uma lâmina d’água de 2.880 metros.
Desafios da Perfuração
Sylvia destacou que a coluna de rocha do poço é superior à encontrada no pré-sal, o que pode aumentar o tempo necessário para a conclusão da perfuração. “Qualquer imprevisibilidade leva a um tempo maior [de exploração]”, ressaltou a executiva. Ela também enfatizou que a Petrobras só iniciará a produção caso os resultados sejam positivos.
O diretor financeiro da Petrobras, Fernando Melgarejo, comentou sobre a complexidade técnica do projeto e a capacidade operacional da empresa. Ele afirmou que a companhia está comprometida em operar na Margem Equatorial com segurança e responsabilidade. Melgarejo também abordou a questão dos dividendos, indicando que a distribuição extraordinária depende de um caixa suficiente, o que atualmente não está garantido.
A expectativa é que, assim como na Bacia de Campos, onde a Petrobras encontrou petróleo após várias tentativas, a exploração no poço Morpho possa trazer resultados positivos, mesmo que em futuras perfurações.