- Sanções visam agora químicos usados para lubrificantes mecânicos e pneus militares, considerados vulnerabilidade-chave para a capacidade de combate da Rússia.
- A empresa chinesa Xinxiang Richful é apontada como fornecedora relevante, atendendo até oito milhões de quilogramas por ano, e abriu escritório na Virgínia.
- Propõe-se bloquear Richful e fornecedores menores para provocar escassez de lubrificantes na Rússia, impactando frota militar e produção.
- O texto destaca fraquezas domésticas russas em vulcanização e em outros químicos necessários, com baixa capacidade nacional de suprir esses itens.
- Autoridades e especialistas afirmam que sanções existentes precisam ser aplicadas com rigor, para terem efeito, e que há espaço para ampliar medidas contra a cadeia de suprimentos da Rússia.
O grupo Dekleptocracy aponta novos alvos de sanções que seriam menos óbvios, porém potencialmente decisivos para enfraquecer a capacidade de guerra da Rússia. As propostas se concentram em aditivos químicos usados na fabricação de lubrificantes mecânicos e pneus de uso militar, ampliando o foco além de petróleo, bancos e navios-petrolífera.
Segundo o relatório, poucas empresas mundiais produzem os aditivos necessários para óleos de uso em tanques e veículos. A depender das sanções, a Rússia enfrentaria escassez de lubrificantes críticos para sua máquina de guerra. O estudo também destaca a vulnerabilidade de fornecedores de menor porte e a dependência de empresas estrangeiras para suprimentos-chave.
Entre as fontes, a Xinxiang Richful, empresa chinesa responsável por grande parte da demanda russa de aditivos, é mencionada como fornecedora capaz de suprir até oito milhões de quilos por ano. A Richful abriu recentemente um escritório na Virgínia; a sanção a essa empresa e a pequenos fornecedores seria apontada como medida para agravar o abastecimento russo.
O relatório ressalta ainda déficit doméstico na Rússia para fabricação de vulcanização acelerantes e outros químicos usados na produção de pneus militares. Autores defendem que a aplicação rigorosa de sanções existentes poderia ampliar restrições a componentes industriais, contribuindo para reduzir a capacidade de mobilização.
Autoridades e analistas citados no material destacam a necessidade de seguir com a implementação de medidas já anunciadas. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou, em reunião do G7, que houve avanços, mas que ainda existem lacunas a preencher. Especialistas lembram que o efeito de sanções depende da verificação de conformidade por aliados e do endurecimento de controles contra evasões.