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Conselho da Ribera Salud ordenou ganhos rápidos no Hospital de Torrejón

Diretriz de reduzir atividade médica em Torrejón, sob plano da Vivalto Santé para vender ações em 2026, leva ao afastamento do CEO espanhol e a demissões

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Fernando Peinado
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  • A diretiva de reduzir a atividade médica no Hospital público de gestão privada de Torrejón faz parte do plano da matriz francesa Vivalto Santé de vender ações em 2026, segundo o jornal El País.
  • Ribera Salud, braço espanhol da Vivalto Santé, elaborou, em julho, um esquema para buscar “ganhos rápidos” em hospitais, incluindo Torrejón, além de unidades em Murcia e Vigo.
  • Em 25 de setembro, houve reunião do CEO da Espanha, Pablo Gallart, com alta direção, em que ordenou rejeitar pacientes para aumentar o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).
  • Gallart foi afastado da gestão do hospital, mantendo o cargo na empresa, após demissões de outros diretores por denúncias éticas; a gestão passa por mudanças relevantes.
  • Governo da comunidade de Madrid e autoridades sanitárias solicitaram reunião emergencial e vistoria no Torrejón para verificar a prestação do serviço, enquanto a empresa não se pronuncia.

O hospital público de gestão privada de Torrejón, na região de Madrid, pode ter reduzido a atividade médica como parte de um plano maior. A orientação vem da matriz francesa Vivalto Santé, que planeja vender suas ações em 2026, segundo fontes ouvidas pelo jornal.

A Ribera Salud, braço espanhol do grupo, desenhou, em julho, um esquema para identificar ganhos rápidos em vários hospitais espanhóis, incluindo Torrejón, além de unidades em Murcia e Vigo. Em setembro, uma reunião com o CEO da operação espanhola e altas autoridades do grupo discutiu a priorização de resultados financeiros sobre a demanda de pacientes.

Reorganização e consequências na gestão

Durante a reunião de 25 de setembro, o CEO Pablo Gallart ordenou a rejeição de pacientes para aumentar o EBITDA, o que causou indignação entre gerentes médicos. Gallart foi afastado da gestão do hospital, mantendo o cargo na empresa, e quatro diretores foram desligados após denúncias éticas internas.

O Hospital de Torrejón funciona sob concessão pública-privada desde 2011, com a empresa recebendo um canon fixo anual da Comunidade de Madrid, mais bônus por pacientes de fora da região e penalizações por usuários locais que procuram outros hospitais. A medida de reduzir demanda busca diminuir custos sem reduzir o inbound financeiro público.

Segundo o jornal, a estratégia mira também sanear contas da rede na Espanha para atrair potenciais compradores em 2026. Fontes indicam que a meta de venda ocorre em um contexto de pressão para cortar custos e manter ativos com maior atratividade de mercado. A direção da Xunta de Madrid afirmou que irá acompanhar de perto a prestação de serviços e convocou reunião com a liderança da Ribera Salud para verificar a qualidade do atendimento.

O caso envolve ainda outros hospitais sob gestão privada na região, com referências a unidades em Murcia, onde também foram estudadas reduções de custos e eventual fechamento de centros não rentáveis, além de possíveis ajustes em outras clínicas da rede. A Ribera Salud e a Vivalto Santé não responderam aos pedidos de posicionamento feitos pelo meio.

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