- No terceiro trimestre de 2024, o TikTok movimentou US$ 19 bilhões em comércio eletrônico global, segundo a EchoTik, quase igualando o faturamento do eBay, que foi de US$ 20,1 bilhões.
- Nos Estados Unidos, as vendas ficaram entre US$ 4 bilhões e US$ 4,5 bilhões no período, crescimento de cerca de 125% frente ao trimestre anterior.
- A plataforma se consolida como canal de venda integrado a criadores, influenciadores e lives, unindo conteúdo, descoberta e compra em um único ambiente.
- Na Black Friday de 2024, o TikTok registrou US$ 100 milhões em vendas, três vezes mais que no ano anterior.
- especialistas apontam que a linha entre conteúdo e venda desapareceu, o que pode exigir que varejistas revisem modelos comerciais e estratégias digitais, com o TikTok se firmando como novo player de e-commerce global.
O TikTok avança no comércio digital, unindo conteúdo e compras em uma experiência integrada para criadores, influenciadores e lives. No 3T24, a plataforma movimentou cerca de US$ 19 bilhões globalmente com e-commerce, chegando perto do volume do eBay (US$ 20,1 bilhões). Nos EUA, as vendas ficaram entre US$ 4 bilhões e US$ 4,5 bilhões, com crescimento de 125% em relação ao trimestre anterior.
O crescimento ocorre à medida que o TikTok substitui modelos tradicionais de marketing com recomendações que geram conversões diretas. Produtos são descobertos no feed por meio de influenciadores, tutoriais e transmissões ao vivo, transformando narrativas em sugestões de compra. Descontos e conteúdos promovidos contribuíram para a expansão.
Na Black Friday de 2024, o TikTok registrou US$ 100 milhões em vendas, triplicando o desempenho do ano anterior. A prática de compras sem planejamento ganha força entre os usuários, especialmente entre os mais jovens, alimentando uma nova dinâmica de consumo.
Nova dinâmica da jornada de compra
A fusão entre redes sociais, entretenimento e comércio afeta decisões de compra e o papel do algoritmo. A recomendação deixa de ser apoio para se tornar parte central do processo, reduzindo dependência de tráfego pago tradicional e de marketplaces clássicos.
Empresas precisam revisar modelos comerciais e ajustar ações digitais para acompanhar a evolução do consumo dentro do TikTok. A afirmação é de Rebecca Fischer, cofundadora e CSO da Divibank, que aponta a linha entre conteúdo e venda como praticamente inexistente hoje.
A industrialização da influência volta-se para um ecossistema com alcance massivo, engajamento elevado e preços competitivos. O TikTok emerge como novo player do varejo global, sinalizando uma reconfiguração do mercado e pressão sobre plataformas tradicionais.