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Florianópolis cresce em startups, mas fica longe do mercado global

Florianópolis avança para Fase de Ativação Avançada; Globalização exige mais de mil startups e cem milhões de dólares por ano, com 176 operações entre 2020 e 2024

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Capital catarinense foi apontada como um dos principais modelos globais de ecossistema de startups em cidades de médio porte, (Evandro Badin/Getty Images)
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  • Florianópolis está na Fase de Ativação Avançada do modelo global de ecossistemas; para alcançar a Globalização, é preciso ter mais de mil startups e US$ 100 milhões por ano.
  • No período 2020–2024, a cidade realizou 176 operações de investimento, com apenas 2% das startups oferecendo stock options a todos os funcionários.
  • Comparado a hubs globais, a cidade troca menos experiências: os fundadores fazem em média 0,5 viagem anual a ecossistemas como Vale do Silício, Berlim ou Tel Aviv, contra 3,5 viagens na média global.
  • O estudo aponta lacunas de conectividade com hubs estratégicos e redes de inovação, além de menor participação de clientes fora da América Latina (40% abaixo da média internacional).
  • Apesar dos desafios, Florianópolis ocupa posição relevante no Brasil: é o quinto ecossistema mais financiado e terceiro em número de rodadas, com 176 operações entre 2020 e 2024, e mantém ativos como talento técnico e ambiente de negócios estável.

O ecossistema de startups de Florianópolis ganha foco internacional com o Global Startup Ecosystem Report 2025. O estudo posiciona a cidade na fase de Ativação Avançada, ressaltando a necessidade de um ecossistema maior para alcançar a globalização.

Segundo o relatório, para chegar à Globalização são necessários mais de 1.000 startups e ao menos US$ 100 milhões em receita anual. Atualmente, a cidade apresenta 176 operações entre 2020 e 2024 e ainda registra baixo nível de vínculos com hubs globais.

A avaliação aponta que a conectividade internacional é o principal gargalo. A participação de clientes fora da América Latina é 40% menor que a média global de ecossistemas semelhantes, o que limita acesso a capital, mentoria e conhecimento de ponta.

A média de viagens de fundadores a ecossistemas globais é de 0,5 por ano, bem abaixo da média mundial de 3,5 viagens. Eventos internacionais e encontros com líderes globais também são inferiores aos polos de referência.

Panorama atual

O estudo destaca que Florianópolis tem base técnica sólida, ambiente de negócios estável e qualidade de vida competitiva. Contudo, a mentalidade voltada a mercados globais ainda é tímida desde o lançamento de produtos.

Para o Sebrae SC, a limitação não é a qualificação técnica, e sim a ambição global desde o início, bem como a ausência de conexões estruturadas que permitam escalar internacionalmente.

Ações em curso

A parceria entre Sebrae Startups e Startup Genome foi anunciada em junho, com a incorporação da metodologia do Startup Genome pela plataforma de análise brasileira. O objetivo é diagnosticar e orientar políticas públicas e estratégias de desenvolvimento.

Naira Bonifácio, diretora do Startup Genome LatAm, aponta que conectar o ecossistema a hubs estratégicos é fator crucial para escalar startups locais. Dados apresentados indicam menor circulação internacional.

Desdobramentos e metas

O relatório aponta ainda que o avanço requer mudança de mentalidade, incentivos mais ousados e institucionalidade voltada ao mercado global. Florianópolis já reúne um ecossistema coeso, talento acima da média e qualidade de vida como diferencial.

No cenário nacional, a cidade ocupa o quinto lugar entre ecossistemas mais financiados e o terceiro em número de rodadas, com 176 operações entre 2020 e 2024. A lacuna de financiamento na Série A é notável.

Siglas e referências

O GSER 2025 é o principal relatório global sobre inovação. A iniciativa coloca Florianópolis como um dos melhores modelos de médio porte na América Latina, ainda que com desafios de internacionalização.

A ambição é transformar o potencial em escala global, ampliando parcerias, capitais e redes para posicionar o ecossistema de Florianópolis entre os polos emergentes da região. O objetivo é o “Vale do Silício brasileiro” conectado ao mundo.

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