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Eleições 2026: choque fiscal provável no próximo mandato

Eleições de 2026 definem quem enfrentará a dívida pública sem paliativos; sem reformas, a dívida pode superar 100% do PIB, com o câmbio funcionando como termômetro da crise

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
O próximo governo herdará um cenário de desequilíbrio fiscal crítico: sem uma "terapia de choque" e reformas estruturais, a dívida pública poderá ultrapassar 100% do PIB, exigindo correções urgentes para evitar o colapso econômico. (Foto: Imagem criada utilizando Dall-E e Microsoft Copilot/Gazeta do Povo)
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  • As eleições de 2026 definirão quem enfrentará a tarefa de estabilizar as contas públicas, diante de uma dívida em crescimento que já preocupa o mercado.
  • A UBS projeta dívida de 78,6% do PIB em outubro e de 83,8% do PIB em 2026, com possibilidade de superar 100% do PIB após 2027 sem reformas estruturais.
  • O câmbio é visto como o principal termômetro da crise: um real mais fraco eleva importações, pressiona a inflação e mantém juros reais elevados.
  • Um pacote mínimo de reformas em 2027 é considerado essencial para interromper a trajetória de alta da dívida, incluindo medidas em educação, saúde e regras fiscais.
  • O cenário de risco é alimentado pela atual fragilidade fiscal, juros reais elevados e fluxo de capitais externos insuficiente desde 2025, o que aumenta a vulnerabilidade econômica.

O que está em jogo após as eleições de 2026 é a possibilidade de o Brasil enfrentar uma trajetória de dívida pública cada vez mais elevada. Segundo Solange Srour e Luciano Telo, do UBS Wealth Management, em entrevista à Gazeta do Povo, sem reformas estruturais a dívida pode ultrapassar 100% do PIB após 2027. O cenário atual aponta dívida em torno de 83,8% do PIB em 2026, com juros elevados e credibilidade fiscal baixa.

Quem está envolvido? A análise é conduzida por Solange Srour, diretora de macroeconomia do UBS, e Luciano Telo, diretor de investimentos para o Brasil. Eles destacam a necessidade de um pacote mínimo de reformas já em 2027 para evitar o colapso das contas públicas e a perda de credibilidade que eleva o custo de financiamento.

Quando e onde isso ocorre? O estudo usa projeções para 2026 e aponta que, sem reformas, o endividamento pode avançar ainda mais a partir de 2027. A avaliação foi apresentada a veículos de imprensa no Brasil, com foco nas repercussões domésticas da política fiscal e monetária diante de cenários externos.

O que motiva essa urgência? A falta de credibilidade fiscal impediria a queda do juro real, mantendo a taxa Selic elevada e dificultando a recuperação econômica. O câmbio seria o principal termômetro de crise: um real mais fraco encarece importações, pressiona a inflação e força o BC a manter juros altos.

Quais medidas são consideradas prioritárias? O UBS aponta como indispensáveis: mudança na regra de indexação do salário mínimo; revisão de despesas com educação e saúde que são vinculadas pela Constituição; e reformas para alongar o prazo médio da dívida e ampliar juros fixos. Também é citado o envelhecimento da população e o aumento das despesas previdenciárias.

Quais os impactos para o mercado e os investimentos? Em 2026, o ciclo de investimento tende a duas fases: otimismo no primeiro semestre e cautela no segundo, caso não haja consolidação fiscal. A redução de juros no Brasil, aliada a um cenário externo favorável, pode favorecer ativos domésticos, mas depende de sinalizações claras de responsabilidade fiscal.

Informações adicionais destacam que o choque de credibilidade não é apenas técnico, envolve o comportamento de capitais externos. A incerteza eleitoral tende a manter o câmbio sob pressão, e o fluxo de investimentos diretos externos já não seria suficiente para financiar o déficit externo desde 2025.

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