- O governo canadense aprovou a aquisição da Teck Resources pela Anglo American, formalizando a criação de uma gigante de minerais críticos avaliada em US$ 50 bilhões.
- O negócio permitirá à Anglo accesso ao portfólio de minas de cobre da Teck, num momento em que o cobre opera perto de recordes de alta.
- A nova sede será em Vancouver, com dois terços dos executivos seniores morando no Canadá e 50% do conselho identificado como canadense por sete anos.
- O acordo deve gerar cerca de 4.000 empregos no Canadá, mantendo o nível de empregos atual da Teck no país, conforme anunciado pelas autoridades.
- Ainda aguardam aprovações regulatórias da Europa, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Chile e China, além de questões antitruste; a Anglo Teck projeta investir bilhões no Canadá ao longo de anos.
O governo do Canadá aprovou a aquisição da Teck Resources pela Anglo American, formalizando compromissos já assumidos pelas empresas em setembro. A operação, avaliada em US$ 50 bilhões, mira minas de cobre no Chile e no Peru e está sujeita a aprovações regulatórias internacionais. A aprovação ocorreu menos de uma semana após os acionistas de ambas as companhias concordarem com o negócio.
A transação cria uma nova campeã global de minerais críticos com sede no Canadá, denominada Anglo Teck. O acordo concede à Anglo acesso ao portfólio de cobre da Teck, num momento em que o metal negocia perto de recordes de alta. A mineradora britânica já enfrentou dois rejeições de ofertas da BHP Group.
Estrutura e compromissos
A Anglo Teck manterá a sede em Vancouver. Dois terços dos executivos seniores devem residir no Canadá, e o conselho terá metade de membros canadenses por sete anos. A promessa é manter 4.000 empregos no país, equiparando o nível atual da Teck.
A empresa concordou em investir, no Canadá, pelo menos C$4,5 bilhões em cinco anos e, ao longo de 15 anos, C$10 bilhões adicionais. Isso envolve a extensão da vida útil da mina Highland Valley, ampliar a capacidade do complexo de Trail e desenvolver dois projetos de cobre.
Próximos passos regulatórios
O acordo ainda precisa de aprovações de autoridades antitruste na Europa, Japão, Coreia do Sul, EUA, Chile e China. Analistas sugerem que a dificuldade pode aumentar devido à importância do cobre como recurso crítico com restrições de fornecimento.
A China e outras jurisdições podem apresentar questionamentos, mas o cenário é visto como favorável à conclusão da fusão, especialmente após a desistência da BHP de fazer oferta pela Anglo American. A transação também está sujeita a aprovações de concorrência em várias jurisdições.
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