- A Learning Resources entrou com ação contra a administração de Donald Trump, alegando que as tarifas impostas são ilegais, com risco financeiro de milhões de dólares.
- A empresa, com mais de 500 funcionários, fabrica cerca de 2 mil produtos educativos e opera em um centro de distribuição de 364 mil pés quadrados na região de Chicago.
- Em 2024, a companhia pagou cerca de $2m em tarifas; em 2025, espera pagar cerca de $14m apenas pelas tarifas adicionais sob a IEEPA.
- O caso, Learning Resources v Trump, tramita no Supremo Tribunal dos Estados Unidos, com decisão prevista para o próximo ano.
- Mesmo com a possibilidade de derrota, a empresa segue investindo na diversificação de fornecedores e mantendo a produção em diferentes países, embora a maior parte ainda seja feita na China.
A Learning Resources entrou com ação contra a administração dos EUA, alegando que as tarifas impostas pelo presidente são ilegais. A empresa familiar, com sede nos EUA, estima prejuízos de milhões de dólares e espera decisão da Suprema Corte no próximo ano. O processo leva o caso Learning Resource v Trump ao judiciário federal.
A empresa fabrica cerca de 2.000 produtos educacionais e emprega mais de 500 pessoas em instalações como um grande galpão de Vernon Hills, nos arredores de Chicago. A maior parte da produção vinha da China, com ajustes em cadeias de suprimento durante o ano.
A ação legal contesta a aplicação das tarifas com base na International Emergency Economic Powers Act (IEEPA). A família Woldenberg, que comanda a empresa, destaca que alguns custos aumentaram significativamente desde as mudanças tarifárias. A decisão judicial pode abrir caminho para ressarcimentos.
Panorama jurídico e desdobramentos
A Suprema Corte acompanha o caso com especial atenção, uma vez que envolve uma das políticas centrais do governo ao elevar tarifas unilaterais. Observadores indicam ceticismo em relação aos argumentos legais do governo, mas a avaliação final ainda não saiu.
Enquanto isso, as tarifas influenciam a gestão interna da Learning Resources. Em reuniões de desenvolvimento de produtos, a equipe avalia impactos de custos altos e imprevisíveis sobre lançamentos futuros. A empresa já reduziu investimentos e demissões temporárias.
A empresa relata que já pagou cerca de US$ 2 milhões em tarifas em 2024 e projeta cerca de US$ 14 milhões apenas pelas novas tarifas de IEEPA em 2025. Os valores para 2026 dependem de ações futuras e de eventuais mudanças regulatórias.
Ações da companhia também refletem a busca por diversificar fornecedores. Um exemplo citado foi a mudança de produção do BubblePlush para a Índia, para evitar tarifas mais altas da China. Embarques sofreram atrasos e custos adicionais no trajeto.
A decisão de mover parte da produção não é trivial: itens educativos combinam componentes de papel, plástico e itens sensíveis. A empresa ressalta que não é viável simples substituição de produção, nem a maioria dos concorrentes seguiria esse caminho.
A Learning Resources afirma que o objetivo da ação não é político, mas legal e técnico. A empresa argumenta que as tarifas são um desgaste para seus 500 empregados e para famílias ligadas ao negócio.
A porta-voz do processo aponta que, independentemente do veredito, as tarifas devem continuar gerando incerteza para decisões estratégicas. A companhia continua monitorando o desenrolar do caso e ajustando sua cadeia de suprimentos conforme necessário.
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