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Regiões industriais do Reino Unido sofrem desvantagens persistentes há décadas

Regiões industriais do Reino Unido enfrentam desvantagens arraigadas há décadas, com aumento de jovens de 16 a 24 fora da educação, emprego ou formação e oportunidades concentradas.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
The report raises specific concern about the rising number of young people aged 16-24 not in education, employment or training (Neets). Photograph: Christopher Thomond/The Guardian
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  • Regiões industriais do Reino Unido seguem com desvantagens enraizadas há décadas, principalmente devido à desindustrialização em áreas como Yorkshire, norte, Midlands, País de Gales e Escócia.
  • Entre 2022 e 2024, um em cada sete jovens de 16 a 24 anos não estava em educação, emprego ou treino (NEET).
  • O relatório aponta diferenças regionais extremas em infância, oportunidades de trabalho, inovação e crescimento, com condições econômicas concentradas em poucos lugares.
  • Há sinais de avanço: 48,2% dos jovens de 25 a 29 anos possuem carreiras profissionais em 2022-2024, frente a 36,1% em 2014-2016, mas a desigualdade entre pessoas de origens diferentes tem se ampliado.
  • Mulheres de origens menos privilegiadas enfrentam mais dificuldade para chegar a empregos bem remunerados; identidade de classe é vista como “pegajosa” para muitos.

A Comissão de Mobilidade Social publicou um relatório que indica que as regiões industriais do Reino Unido enfrentam desvantagens enraizadas há décadas. O estudo aponta diferenças extremas entre infância, oportunidades de emprego, inovação e crescimento econômico em várias áreas do país.

O documento destaca o aumento dos jovens de 16 a 24 anos que não estão em educação, emprego ou formação (Neets), chegando a uma em cada sete entre 2022 e 2024. Regiões como Yorkshire, nordeste, Midlands, País de Gales e Escócia continuam a sofrer com os impactos da desindustrialização.

A comissão afirma que há meio século de desvantagem econômica e declínio nesses territórios, mas identifica sinais positivos em algumas localidades. Cidades como Aberdeen, Brighton, Bristol, Edinburgh, Oxfordshire, Reading, Manchester e outras são citadas como potenciais motores de inovação e crescimento.

A presidência da comissão, Alun Francis, ressalta que as oportunidades econômicas ficaram concentradas em poucos lugares, apesar das projeções positivas. Comunidades costeiras e pós-industriais estariam, na visão do relatório, ficando para trás nesse processo.

O estudo é descrito como a maior coleta e análise de dados sobre mobilidade social já realizada no Reino Unido. Enquanto houve crescimento na parcela de jovens com empregos bem remunerados, o relatório sinaliza expansão da desigualdade entre pessoas de origens privilegiadas e trabalhistas.

Além disso, a mobilidade de empregos entre classes permanece mais lenta em comparação com outros países da Europa Ocidental. O documento compara o Reino Unido com nações como França, Japão, Alemanha e Suécia, destacando padrões semelhantes de transição para cargos profissionais.

A publicação coincide com a apresentação de evidências ao Parlamento sobre o que constitui sucesso para a população britânica hoje. Segundo o relatório, temas como equilíbrio entre vida profissional e pessoal, segurança no emprego e satisfação no trabalho passam a ter maior peso do que cargos de alta função.

Entre os dados de percepção, observa-se que a maioria das pessoas valoriza a saúde, bem-estar, vínculos familiares, educação e redes sociais como pilares da qualidade de vida. A posse de casa própria e economias também aparece entre as prioridades, com ceticismo sobre a justiça social no Reino Unido.

O estudo ainda aponta que a identidade de classe é vista como estável por grande parte da população, com mais de 75% dizendo pertencerem à mesma classe dos seus pais. Pessoas no topo da hierarquia social demonstram maior interesse em avançar na escala do que indivíduos na base.

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