- ONS aponta que o déficit do setor público em novembro foi de £ 11,7 bilhões, £ 1,9 bilhão abaixo do registrado no mesmo mês do ano anterior, mas acima da previsão de £ 10 bilhões.
- No acumulado até novembro, o déficit chega a £ 132,3 bilhões, £ 10 bilhões acima do mesmo período de 2024, registrando o segundo maior valor para o intervalo desde 2020.
- O Banco da Inglaterra anunciou a sexta queda de juros desde agosto, buscando aliviar a pressão sobre tomadores com impacto prévio ao orçamento de outono.
- Economicamente, o mês de outubro mostrou recuo do PIB, e o padrão aponta para possível estagnação do crescimento no quarto trimestre.
- Os gastos sazonais de novembro, incluindo pagamentos de inverno, contribuem para o nível de despesa, enquanto as receitas tributárias e de seguridade social reduziram o déficit em relação ao ano anterior.
O governo britânico registrou piora nos números de empréstimos em novembro, em meio a pressões antes do orçamento de outono. Dados da ONS mostram déficit do setor público de £11,7 bilhões no mês, acima de previsões, mas 1,9 bilhão abaixo do registrado em novembro do ano passado.
Ainda assim, o déficit de novembro ficou acima das expectativas dos mercados, que projetavam £10 bilhões. O resultado parcial do ano fiscal até novembro aponta déficit total de £132,3 bilhões, 10 bilhões a mais que o registrado no mesmo período de 2024.
O Banco da Inglaterra havia cortado as taxas de juros pela sexta vez desde agosto, aliviando o peso sobre tomadores. Em novembro, a inflação das receitas ajudou a reduzir o déficit, ainda que o enfoque permaneça no orçamento de Reeves e nos gastos de inverno.
Contexto fiscal e cenário macro
Mesmo com o recuo do déficit em novembro em relação ao ano anterior, o total acumulado é o segundo maior para o período desde 2020, quando a pandemia pressionou as contas públicas.
A economia britânica tem apresentado sinais de desaceleração, com o PIB de outubro recuando de forma inesperada e crescimento no quarto trimestre projetado para ficar próximo da estabilidade.
Do lado do gasto, novembro é historicamente um mês de maior desembolso governamental, devido a pagamentos de inverno e outros suportes sazonais.
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