- Starbucks Brasil planeja abrir cerca de trinta novas lojas em 2026, elevando o total para aproximadamente 142 unidades, com 80% das novas unidades em São Paulo.
- Será lançado um novo formato, a Community Coffee House, em Pinheiros (São Paulo), além de foco em conveniência e nas ocasiões de consumo, com cardápio renovado incluindo sanduíches, bowls e iogurtes.
- O delivery continua sendo prioridade, presente em 75 lojas hoje, com participação prevista de até 15% das vendas; a expansão busca aumentar a frequência de visitas dos clientes.
- A operação no Brasil passou a ser gerida pela Zamp, controlada pelo Mubadala Capital, após aquisição de 101,8 milhões de reais; a empresa cita sinergias em supply, logística e tecnologia para reduzir custos.
- Em 2025, a Starbucks Brasil teve 90% de NPS e formou quase duzentos Coffee Masters; a empresa também planeja ajustar o cardápio de comida entre janeiro e fevereiro de 2026, mantendo o foco na qualidade do café e na experiência do barista.
A Starbucks Brasil planeja abrir cerca de 30 novas unidades em 2026, o que representa um crescimento de 27% em relação às 112 lojas atuais. A informação foi dada por Mariane Wiederkehr, presidente da operação no Brasil, em entrevista à Bloomberg Línea. O anúncio marca a retomada de planos de expansão após um período de reconstrução da operação.
A executiva assumiu o comando em outubro de 2024, após a Zamp (controlada pela Mubadala Capital) adquirir a operação. A transição levou a mudanças de gestão, com foco em eficiência operacional, rotina de treinamentos e alinhamento entre as marcas sob o guarda-chuva da Zamp.
A curva de crescimento também envolve um novo formato de loja, maior ênfase na conveniência e em ocasiões de consumo, além de um cardápio que ganhará opções de refeições. O objetivo é ampliar o alcance da Starbucks no dia a dia dos brasileiros.
Neste momento, 80% da expansão deve ocorrer em São Paulo, com presença reforçada no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre. Em 2026, a rede também planeja investir em um formato chamado Community Coffee House, já previsto para a loja de Pinheiros, em São Paulo.
A expansão já começou no fim de 2025: duas inaugurações ocorreram, uma no aeroporto de Curitiba em 5 de dezembro e outra na região dos Pinheiros, em 30 de dezembro. Ao todo, o objetivo é chegar a 112 lojas com esse cronograma.
Outra frente do plano é o fortalecimento do delivery, que hoje ocorre em 75 lojas. A Starbucks Brasil avalia que o canal pode alcançar até 15% das vendas, ante 6% atualmente, com maior presença digital.
A líder ressalta que a cooperação com a Zamp facilita ganhos de escala em cadeia de suprimentos, logística e tecnologia, ajudando a conter custos. Em relação ao preço, afirmou que não houve repasse total de aumentos do café aos consumidores.
Sobre o atendimento, Wiederkehr destacou a prioridade de manter altos padrões de serviço. Em 2025, a rede formou quase 200 Coffee Masters e atingiu 90% de NPS, visão de satisfação do cliente considerada excepcional no varejo.
A plataforma de cafés locais será ampliada com a linha Cafézinho Puro, Média e Pingado, acompanhada de opções de sanduíches, bowls, saladas e iogurtes. A estratégia busca ampliar as ocasiões de consumo além do tradicional lanche.
O cardápio de 2026 incluirá mudanças significativas em janeiro e fevereiro: toda a oferta de alimentos deve mudar para atender ao paladar brasileiro, mantendo a identidade global da marca. A empresa aposta em itens com torra de café ajustada ao gosto local.
Filipe Reis, head de marketing, afirmou que o espresso terá torra clara, em sintonia com preferências locais. A rede também reforça a presença de fragile de cafés de origem, com foco no café brasileiro e em opções internacionais.
Sobre o fornecimento, a Starbucks Brasil mantém compra de cafés de Minas Gerais, São Paulo e Bahia, com certificação Café Practices. O centro de suporte ao agricultor, em Varginha, favorece a relação direta com produtores desde 2021.
Na frente de cápsulas, o acordo com a Nestlé segue ativo, com distribuição fora das lojas. A empresa pretende explorar diferentes ocasiões de consumo, incluindo o ambiente corporativo, onde o café continua sendo uma prática comum.
A diretiva também aborda a concorrência e o posicionamento: a Starbucks destaca qualidade do café, compromisso com o barista e conexão humana como diferenciais. A meta de longo prazo inclui acelerar a presença no Brasil sem comprometer a consistência operacional.
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