- Trump apresentou um pacote de US$ 12 bilhões para agricultores, sendo US$ 11 bilhões destinados a produtores de grãos.
- Líderes agrícolas dizem que a ajuda é insuficiente, cerca de US$ 50 por acre, e não evitará milhares de falências em 2025/2026.
- Espera-se que mais de 1.000 fazendas entrem em falência nos próximos dois anos, devido a custos de insumos elevados e preços baixos.
- A guerra comercial com a China atingiu especialmente os produtores de soja, que sofreram com a redução de demanda.
- Os pagamentos são vistos como assistência temporária, com financiamentos-ponte vinculados às tarifas; o cenário depende da demanda chinesa e de políticas de biocombustíveis.
Nas vésperas de safras importantes, o governo dos EUA anunciou um pacote de 12 bilhões de dólares de assistência aos agricultores. Desse total, 11 bilhões vão para produtores de grãos. A medida busca mitigar os impactos da guerra comercial com a China e das tarifas sobre os preços das commodities.
A promessa de apoio chegou após anos de turbulência nos preços e custos de insumos. A produção de grãos foi fortemente atingida, com quedas de rentabilidade marcadas por aumentos de despesas e pela volatilidade de mercado. O pacote é visto como resposta de curto prazo.
Lideranças do setor destacam que o auxílio não resolve todos os problemas. A Associação de Fazendas do Arkansas afirma que cerca de 50 dólares por acre não evitam milhares de falências neste ano. O mercado já observa pressão contínua sobre créditos e liquidez.
Pacote de ajuda
A assistência do USDA será direcionada principalmente a agricultores de grãos de linha comercial, com foco em culturas como soja e milho. A implementação inclui um programa de ponte de empréstimos financiado pelos recursos de tarifas, para manter a operação de fazendas afetadas.
Analistas ressaltam que, embora o montante seja relevante, o efeito financeiro agregado permanece limitado frente a três anos de custos elevados e preços baixos. Dados da Farm Bureau indicam perdas de bilhões de dólares no setor neste ano.
Cenário atual e perspectivas
A tensão com a China, responsável por uma parte expressiva das exportações norte-americanas, continua influenciando o IF do setor. A expectativa de 2026 é de piora no fluxo de caixa para fazendas que carregam dívidas de anos anteriores.
Especialistas mencionam que uma possível recuperação dependerá de dois fatores: retomada das exportações para a China e aumento da produção de biocombustíveis domésticos. Mudanças regulatórias podem ampliar a demanda por combustíveis renováveis.
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