- BP vai vender 65% da Castrol para a gestora Stonepeak Partners, levantando cerca de US$ 6 bilhões; a BP manterá 35% por meio de uma joint venture.
- A Castrol será avaliada em US$ 10,1 bilhões, incluindo dívida; o valor de mercado equivalente ao capital próprio fica em US$ 8 bilhões após a dedução de participações minoritárias.
- Os recursos da venda serão usados para reduzir a dívida da BP, que passou de mais de US$ 26 bilhões no terceiro trimestre.
- A operação marca um movimento do novo chair, Albert Manifold, em meio a revisões estratégicas e a intensificação da venda de ativos para reduzir alavancagem.
- A conclusão é esperada até o fim do próximo ano, sujeita a aprovações regulatórias; a BP manterá a Castrol com uma participação remanescente e tem a opção de reduzir essa fatia após dois anos.
A BP concordou em vender participação majoritária na Castrol, sua divisão de lubrificantes, à gestora americana Stonepeak Partners por cerca de US$ 6 bilhões. A operação envolve a venda de 65% do negócio e inclui pagamento antecipado de parte de dividendos futuros relacionados à fatia que a BP manterá. O acordo marca um passo na estratégia de reduzir a dívida do grupo.
A BP manterá 35% da Castrol por meio de uma joint venture. O valor total da Castrol, com dívida incluída, fica em US$ 10,1 bilhões; o valor de mercado do capital próprio fica em torno de US$ 8 bilhões após deduções de participações minoritárias. A conclusão depende de aprovações regulatórias e deve ocorrer até o fim do próximo ano.
A venda ocorre em meio a um ano turbulento para a BP. Sob pressão de um investidor ativista, Elliott Investment Management, a empresa revisou a estratégia em fevereiro, reduzindo a exposição a energias renováveis e priorizando o negócio principal. O objetivo é reduzir a alavancagem da companhia.
O negócio da Castrol engloba lubrificantes para veículos e aplicações industriais, além de tecnologia de resfriamento líquido para data centers de IA. Segundo a BP, todos os recursos obtidos com a venda serão destinados à redução da dívida, que ficava acima de US$ 26 bilhões ao fim do terceiro trimestre.
A operação envolve modificações estratégicas sob a liderança de Albert Manifold, novo chairman, que substituiu o ex-CEO Murray Auchincloss. Manifold mantém conversas com investidores ativistas e supervisiona a revisão de portfólio da BP desde outubro. Meg O’Neill, atual presidente da Woodside Energy Group, deve assumir a presidência da BP em abril.
Investidores acompanharão os próximos passos do programa de desinvestimentos da BP, visando alcançar metas adicionais de 20 bilhões de dólares em redução de dívida até 2027. A BP informou que os recursos da venda da Castrol somam cerca de US$ 11 bilhões desde o início do programa.
Entre na conversa da comunidade