- Em 2025, o volume total de derivativos de criptomoedas atingiu aproximadamente $85.70 trillion, com média diária de cerca de $264.5 billion, segundo o CoinGlass.
- Houve concentração de capital institucional, com o CME Group liderando futuros de Bitcoin após superar a Binance em interesse em 2024, e participação institucional ganhando espaço também em derivativos de Ethereum.
- Exchanges nativas de criptomoedas, como OKX, Bybit e Bitget, mantêm fatias relevantes de mercado, mesmo com a ascensão de plataformas reguladas.
- A complexidade do mercado e o risco sistêmico aumentaram, com choques de liquidez e transmissão de risco entre plataformas sendo mais testados.
- Derivativos on-chain ganham espaço, enquanto regulações mundiais avançam (MiCA/MiFID na União Europeia; sinais de clareza regulatória nos Estados Unidos; Hong Kong, Cingapura e EAU atuando como hubs conformes).
O mercado global de derivativos de criptomoedas passou por uma transformação estrutural em 2025, migrando de verbas de varejo para capital institucional. O relatório anual da CoinGlass aponta maior complexidade de risco e maior participação de plataformas reguladas.
Segundo o levantamento, o volume total de derivativos atingiu cerca de 85,70 trilhões de dólares em 2025, com média diária de negócios de 264,5 bilhões. A mudança caracteriza uma maturação do setor frente à volatilidade e aos controles de risco.
Liderança institucional
A demanda por proteção, spreads de basis e exposição automatizada migrou para produtos negociados em bolsas reguladas, reforçando o papel do CME Group como líder em futuros de Bitcoin, após ter vencido a Binance em participação aberta em 2024. Em 2025, a CME aproximou-se da Binance em derivativos de Ethereum, com participação institucional crescente.
Plataformas nativas de cripto, incluindo OKX, Bybit e Bitget, mantiveram fatias relevantes do mercado, enquanto o eixo regulatório global ganhou força. Reguladores da UE avançaram com MiCA e MiFID, e jurisdições como Hong Kong, Cingapura e Emirados Árabes Unidos buscaram posições regulatórias compatíveis.
Riscos sistêmicos e liquidez
O relatório indica maior interconectividade entre plataformas e maior risco de transmissão entre ativos e corretoras. Eventos extremos em 2025 testaram margens, mecanismos de liquidação e a transmissão de riscos entre diferentes agentes do ecossistema.
O mercado também mostrou Bitcoin funcionando como ativo de alto beta, reagindo a ciclos de liquidez global e políticas monetárias. A volatilidade ligada a tensões comerciais e mudanças de política influenciou estratégias de hedge e de especulação.
Derivativos on-chain e quadro regulatório
Outra tendência relevante é o crescimento dos derivativos on-chain, que ganharam competitividade frente a trocas centralizadas em nichos como negociação resistente à censura. A regulação avançou, com convergência sob o princípio de tratar a mesma atividade com o mesmo risco.
Esferas como EUA, UE e jurisdições asiáticas avançaram rumo a uma regulação mais clara, visando integração entre mercados regulados e inovação tecnológica. O panorama aponta para uma fase em que derivativos se tornam parte central das finanças digitais.
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