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Fim do registro de revoltas de acionistas pode encobrir salários no Reino Unido

Fim do registro público de dissidência de acionistas sobre remuneração pode permitir que empresas abafem controvérsias, alertam especialistas em governança

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Labour ordered the closure of the register, which was launched in 2017 under Theresa May’s government to name and shame firms hit by shareholder revolts.
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  • O governo do Reino Unido decidiu encerrar o registro público de revoltas de acionistas sobre remuneração de executivos, criado em 2017 para expor abusos em assembleias gerais.
  • A medida foi anunciada pelo Tesouro como parte de um plano para reduzir burocracia e impulsionar o crescimento econômico, após pressão de empresas e da London Stock Exchange.
  • O encerramento do registro é visto como prejudicial à transparência por o High Pay Centre, que teme que investidores percam dados sobre dissidências relevantes em votações de remuneração e governança.
  • O High Pay Centre informou que, sem o registro, informações sobre descontentamento de acionistas podem ficar escondidas em documentos complexos, dificultando decisões de investidores.
  • Estima-se que cerca de 26% das empresas do FTSE 100 tiveram dissidência de acionistas em relação à remuneração nos últimos três anos, o que destaca a importância de monitorar esse tema para o mercado.

O governo do Reino Unido decidiu encerrar um registro público de revoltas de acionistas, criado para expor abusos e excessos na remuneração de executivos. A medida impacta a transparência de empresas cotadas, encerrando um mecanismo de nomeação e constrangimento que funcionou entre 2017 e 2024.

A decisão partiu do Tesouro, sob a tutela da secretária do Tesouro Rachel Reeves, após instrução à Investment Association, responsável pelo registro. O objetivo alegado é reduzir a burocracia para estimular o crescimento econômico, no contexto de ações regulatórias mais amplas.

A medida encerra o registro público em pleno debate sobre governança corporativa. Organizações como o High Pay Centre alertam que a mudança tende a reduzir a visibilidade de controvérsias de remuneração, começando pela temporada de assembleias de 2026.

Implicações e opiniões de especialistas

Segundo o High Pay Centre, cerca de 26% das empresas do FTSE 100 registraram rejeições à remuneração nos últimos três anos. A entidade aponta que dados centralizados ajudam investidores a monitorar práticas de governança e a traçar tendências entre setores.

O think tank afirma que regras de reporte podem ser complexas, mas defender a continuidade do registro para que stakeholders tenham informações claras sobre dissidência não é incentivar o excesso de burocracia. A mudança, dizem, pode atrasar respostas das empresas a preocupações de acionistas.

Contexto do setor financeiro e da experiência internacional

Brasões do mercado criticam que a divulgação de remunerações prejudica a competitividade da City. A London Stock Exchange e outras entidades moveram esforços para reduzir a exposição negativa de determinadas políticas de remuneração.

A administração pública ressalta que o código de governança já oferece transparência para investidores, ainda que a eliminação do registro torne mais difícil compilar dados de dissidência. A repercussão no interesse de grandes e pequenos investidores ainda é debatida.

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