- Bancos no Reino Unido estão abrindo novas unidades e mantendo as já existentes, invertendo parcialmente o fechamento em massa de agências desde 2015.
- A Nationwide informou que manterá 696 agências abertas até, pelo menos, 2030, aliviando preocupações locais após a aquisição da Virgin Money em 2024.
- HSBC UK garantiu manter as 327 agências restantes abertas até pelo menos 2027, e o Barclays aumentou o horário de funcionamento de 87 agências entre as cerca de duzentas existentes.
- Bancos menores, como Metro Bank e Newcastle Building Society, também investem em novas agências, sinalizando uma “renaissance” de agências físicas em algumas áreas.
- Pesquisas indicam queda no uso de agências, mas clientes valorizam atendimento presencial para serviços como aconselhamento, investimentos e questões complexas, mantendo demanda por espaços físicos.
Na manhã de uma sexta-feira de dezembro, Abington Street, em Northampton, volta a pulsar com a presença de agências físicas. Mesmo com o fechamento de grandes varejistas, clientes vão às filiais buscar atendimento presencial para tratar de finanças.
Em Northampton, HSBC, Barclays, Metro Bank e Nationwide mantêm portas abertas, num contraste com o fechamento de mais de 6 mil agências no Reino Unido desde 2015. A tendência de fechamento mira reduzir custos e incentivar o uso de canais digitais.
As instituições anunciam mudanças: HSBC UK manterá 327 agências abertas até 2027; Barclays ampliou horários de funcionamento em cerca de 87 de suas 200 unidades. Ainda, a Nationwide compromete manter 696 agências abertas até 2030, esforço que acalma clientes locais.
Mudanças no modelo
Entre os bancos menores, Metro Bank abriu novas unidades em Gateshead, Chester e Salford, enquanto a Newcastle Building Society investiu em um edifício histórico para abrir uma agência no centro de Newcastle. Com isso, o atendimento presencial volta a ganhar espaço como suporte a clientes que buscam orientação.
Para alguns clientes, a presença física continua essencial. Um casal na casa dos 70 anos expressa a necessidade de conversar pessoalmente sobre investimentos, especialmente por questões de confidencialidade e compreensão de detalhes de conta.
Perguntas em jogo
Analistas destacam que, apesar da queda de visitas a agências, manter pontos físicos ajuda a atrair clientes que precisam de aconselhamento para investimentos, hipotecas e poder de procura. Pesquisas indicam que parte da demanda vem de públicos que não se sentem à vontade com serviços online.
Especialistas apontam ainda que o papel das agências pode se tornar nichado, focado em atendimento e orientação, enquanto transações diárias migram para terminais de autoatendimento. A promessa é manter o vínculo humano sem abandonar a eficiência digital.
Perspectivas futuras
Executivos de bancos defendem que o equilíbrio entre digital e atendimento presencial é crucial para competir com fintechs. Observa-se, porém, cautela quanto a novas mudanças no curto prazo, com foco em manter serviços essenciais e a qualidade do atendimento.
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