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Banco Central terá diretoria de apoiadores de Lula e não revela rumo dos juros

Fim dos mandatos no Banco Central abre espaço para Lula indicar toda a diretoria em 2026, enquanto fim das setas eleva a incerteza sobre a trajetória da Selic

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Gabriel Galípolo avisou que o Banco Central não vai mais indicar os próximos passos da taxa básica de juros (Selic). (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)
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  • Com o fim dos mandatos dos últimos diretores indicados na era Bolsonaro, Lula deverá ter, pela primeira vez, a diretoria completa do Banco Central em 2026.
  • Saem dois pilares técnicos: Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Gomes (Organização do Sistema Financeiro e Resolução), cujas funções incluíam, entre outras, a redação de atas do Copom e a gestão do Pix.
  • O presidente do BC, Gabriel Galípolo, sinalizou o fim das “setas” — ou seja, não haverá mais telegrafia de próximos passos de política de juros nas comunicações oficiais.
  • A sabatina dos novos diretores no Senado deve ocorrer após o carnaval de 2026, mantendo o Copom completo em atraso até lá.
  • Diante da incerteza, bancos recorrem a algoritmos de leitura de linguagem para entender o tom provável do BC, enquanto o mercado negocia com menor previsibilidade sobre cortes de juros.

O Banco Central terá toda a diretoria indicada pelo presidente Lula a partir de 2026, conforme o fim dos mandatos dos dois últimos diretores indicados na gestão de Bolsonaro. A possibilidade ainda envolve incerteza sobre quem assumirá as vagas e quais diretrizes serão adotadas.

A saída de dois pilares técnicos — Diogo Guillen, de Política Econômica, e Renato Gomes, de Organização do Sistema Financeiro e Resolução — preocupa o mercado. Não há nomes anunciados, e isso pode atrasar a definição da composição do Copom e a comunicação sobre metas da política monetária.

O panorama é agravado pela decisão de Gabriel Galípolo, atual presidente do BC, de encerrar a prática de sinalizar o caminho dos juros nas atas, conhecidas como setas. A mudança reduz a previsibilidade para investidores e agentes do mercado financeiro.

Mudança de rumo e impacto no Copom

Analistas avaliam que a decisão de não telegrafar cortes ou altas de juros pode elevar a volatilidade de ativos. A sabatina do Senado para novos diretores tende a ocorrer apenas após o Carnaval de 2026, deixando o comitê com menor suporte institucional.

A ausência de nomes definidos, aliada à postura de silêncio, alimenta dúvidas sobre a coerência da comunicação do BC. Economistas ressaltam que a clareza na linguagem das atas vinha fortalecendo a confiança dos mercados nos últimos anos.

A reação do mercado aponta para maior prudência na alocação de capital. Em períodos sem diretores, o Copom pode atuar de forma mais independente, mas também fica sujeito a interpretações sobre o compromisso com a rigidez técnica.

O que se espera para 2026

Especialistas destacam que, sem sinalização, decisões sobre o patamar da Selic dependerão mais da análise de dados do que de guias previsíveis. O custo da incerteza recai sobre quem produz e investe no Brasil, segundo analistas do setor.

Bancos já adotam ferramentas de leitura de linguagem em documentos oficiais para tentar antecipar movimentos do BC. O uso de algoritmos busca mapear tendências na comunicação e estimar impactos de possíveis decisões.

Internamente, o cenário externo, com o Fed alterando a postura de juros, aumenta a necessidade de uma condução técnica sólida. As leituras sobre inflação, PIB e expectativas seguem divergentes, elevando a complexidade das escolhas do Copom.

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