- Pesquisa da KPMG com 3.000 adultos mostra que consumidores britânicos devem reduzir gastos em 2026, mesmo com sensação de segurança financeira estável no início do ano.
- Economia fraca e pressão de custo de vida limitam consumo, especialmente em restaurantes e em itens de alto valor como carros e móveis.
- No início de 2026, 56% dos entrevistados dizem sentir-se seguros financeiramente, queda de 1 ponto percentual em relação ao começo de 2025.
- A percepção sobre a saúde da economia aumentou ao longo de 2025, com 58% avaliando-a como pior no fim do ano.
- Idade influencia o humor: mais pessimistas entre 65 anos ou mais; pessoas entre 35 e 44 anos mostram mais otimismo sobre a economia.
UK: consumidores seguem relutantes em gastar até 2026, aponta pesquisa da KPMG
Novos dados da KPMG mostram que famílias britânicas mantêm a disposição moderada de gastar, mesmo com sensação de segurança financeira próxima ao nível de início de 2025. O estudo analisou o quarto trimestre de 2025 e as intenções para os primeiros três meses de 2026.
A pesquisa, que ouviu 3.000 pessoas, aponta combinação de preocupação com a economia e pressões de custo de vida como limitadores de consumo. Além disso, destaca baixa appetite para itens discricionários e despesas grandes, como carros e móveis.
Perspectiva econômica e consumo
O relatório indica que, ao ingressar em 2026, 56% se sentem seguros financeiramente, contra 57% no início de 2025. Ainda assim, a sensação de deterioração da economia aumentou ao longo de 2025, de 43% para 58%.
A inflação, medida pelo CPI, arrefeceu para 3,2% em novembro, ante 3,8% em setembro. Entretanto, o período de alta acumulada entre 2021 e 2024 representa elevação de 23% no índice.
Pessoas com 65 anos ou mais foram as mais pessimistas quanto ao desempenho da economia, segundo a KPMG. Jovens mostraram maior otimismo, especialmente entre 35 a 44 anos, com 24% avaliando melhora econômica, contra 13% na média.
Reação governamental e juros
Partidos de oposição criticaram o atraso no orçamento, que gerou incerteza e impactos na confiança do consumidor. O ministro das Finanças é alvo de críticas por vazamentos e rumores sobre tributos adicionais que afetariam ganhos de trabalhadores de alta renda e aposentados.
A queda da taxa básica de juros do Banco da Inglaterra, de 4% para 3,75%, é esperada para estimular confiança de empresas e consumidores, associada à desaceleração da inflação e à expectativa de finanças públicas mais estáveis.
Uma consignação do governo, por meio de porta-vozes do Tesouro, destacou que rendimentos mais altos ajudam a compensar a inflação. Eles citam aumento real de salários e medidas como elevação do salário mínimo, redução de custos de energia e congelamento de tarifas de transportes.
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