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Moody’s rebaixa rating de Budapeste para nível especulativo por atrito com governo

Moody's rebaixa Budapeste para Ba1 e a coloca em revisão para nova redução, citando liquidez fraca e disputa fiscal com o governo nacional, com risco de default

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Hungarian Prime Minister Viktor Orban speaks during an economic forum in Budapest, Hungary, March 8, 2025. REUTERS/Bernadett Szabo
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  • A agência Moody’s rebaixou a nota de crédito de Budapeste para Ba1 (de Baa3) e colocou em revisão para nova queda, citando liquidez fraca e disputa fiscal com o governo nacional.
  • A decisão ocorre em um momento sensível, com o prefeito liberal Gergely Karácsony à frente da cidade e Viktor Orbán prestes a enfrentar eleições parlamentares em abril.
  • Moody’s alerta sobre risco próximo de default e aceleração do pagamento da dívida de longo prazo devido a problemas de liquidez.
  • A agência apontou a incerteza sobre o timing e recebimento de transferências ordinárias, além de liquidez muito fraca para absorver gaps de caixa não esperados.
  • A avaliação também reflete o congelamento parcial de fundos da União Europeia ao país e a disputa contínua sobre a “taxa de solidariedade” entre Budapeste e o governo nacional.

Budapeste recebeu um rebaixamento de rating pela Moody’s, que passou a classificar a cidade como Ba1, vindo de Baa3, e colocou a perspectiva em revisão para possível nova queda. A agência citou liquidez fraca e disputa fiscal com o governo nacional como fatores centrais.

O anúncio ocorre em meio a tensão política local: a administração é liderada pelo prefeito liberal Gergely Karácsony, enquanto o premiê nacional Viktor Orbán busca manter o controle do cenário político antes das eleições de abril. Pesquisas sugerem liderança da oposição em parte dos levantamentos.

Segundo a Moody’s, a decisão reflete a posição de liquidez da cidade, com dúvidas sobre a capacidade de quitar obrigações até 31 de dezembro de 2025. A agência aponta incerteza quanto ao timing e recebimento de transferências ordinárias, além de liquidez muito limitada para absorver gaps de caixa.

A reavaliação também considera o risco de inadimplência e eventual aceleração do pagamento da dívida de longo prazo por questões de liquidez. Esses elementos elevam o risco de crédito da cidade no curto prazo.

O assunto envolve a polêmica sobre a chamada taxa de solidariedade, disputada entre Budapest e o governo central de Orbán. A Moody’s aponta que o imposto aumentou 31% em 2024, para 76 bilhões de forints, e deve chegar a 89 bilhões em 2025, representando cerca de 21% das receitas projetadas.

Ainda segundo a agência, disputas legais sobre o valor do imposto, que supera o repasse recebido do governo central, geram instabilidade sistêmica e dificultam o orçamento e o saldo de caixa de Budapeste. A avaliação também considera o congelamento parcial de fundos da União Europeia ao país.

A UE suspende bilhões de euros em fundos para a Hungria, citando erosão de direitos democráticos, ainda que Orbán afirme que o governo pode oferecer apoio financeiro a Budapeste caso haja necessidade.

Contexto político e financeiro

  • A Moody’s destaca a fragilidade de liquidez da cidade frente a obrigações a vencer.
  • A disputa com o governo central é apresentada como fator-chave para a avaliação de crédito.
  • O efeito sobre o orçamento municipal potencializa o risco de fluxo de caixa.
  • O congelamento de fundos da UE complica o cenário financeiro local.

Implicações para o curto prazo

  • A classificação Ba1 indica faixa de investimento especulativo.
  • A revisão para possível redução adicional sinaliza risco de agravamento da situação fiscal.
  • O governo municipal pode enfrentar maior pressão para ajustar receitas e despesas diante das limitações de caixa.

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