- A Coreia do Sul aprovou uma nova lei que proíbe o uso de celulares nas aulas em todo o país.
- A legislação entrará em vigor na primavera de dois mil e vinte e quatro e visa reduzir distrações e vícios em smartphones entre os alunos.
- O uso de celulares será permitido apenas em emergências ou para fins educacionais.
- Diretores e professores poderão restringir o uso, mas não há punições específicas para os alunos que desrespeitarem a regra.
- A nova norma também exige que as escolas promovam a educação sobre hábitos digitais saudáveis.
A Coreia do Sul aprovou, na quarta-feira (27), uma nova lei que proíbe o uso de celulares e dispositivos eletrônicos durante as aulas em todo o país. A legislação, que entrará em vigor na primavera de 2024, visa reduzir a distração e o vício em smartphones entre os alunos. Embora a maioria das escolas já tenha restrições em vigor, a nova norma estabelece uma proibição uniforme, permitindo o uso apenas em situações de emergência ou para fins educacionais.
A nova lei não prevê punições específicas para os alunos que desrespeitarem a regra, mas concede a diretores e professores a autoridade para restringir o uso de celulares nas escolas. Além disso, a legislação exige que as instituições de ensino promovam a educação sobre hábitos digitais saudáveis. A pressão por essa medida aumentou nos últimos anos, com pais e educadores argumentando que o uso excessivo de smartphones prejudica o desempenho acadêmico e o desenvolvimento emocional dos estudantes.
Cho Jung-hun, parlamentar da oposição, destacou que a proposta foi criada para combater o vício em smartphones e proteger a saúde mental dos jovens. No entanto, defensores dos direitos dos estudantes alertam que a lei pode infringir direitos constitucionais, como a liberdade de comunicação e a privacidade. A discussão sobre o uso de celulares nas escolas não é exclusiva da Coreia do Sul; países como França, Finlândia e Itália também impõem restrições semelhantes.
Uma pesquisa recente revelou que quase 43% dos sul-coreanos entre 10 e 19 anos se sentem incapazes de controlar o tempo que passam em seus smartphones. Algumas escolas já adotaram medidas drásticas, como o confisco dos dispositivos durante o dia letivo. A Comissão Nacional de Direitos Humanos do país, em uma mudança de posição, afirmou que essa prática não viola os direitos dos alunos.