- O uso excessivo de telas por crianças e adolescentes está associado ao aumento de casos de ansiedade e depressão.
- O Congresso Nacional está avançando em um projeto de lei que visa proteger esse público nas plataformas digitais.
- A proposta, do senador Alessandro Vieira, sugere proibir redes sociais para menores de 16 anos e exige verificação de idade.
- Pesquisas indicam que adolescentes que passam mais de quatro horas diárias nas mídias sociais têm três vezes mais chances de se sentirem solitários.
- Casos de exploração infantil nas redes sociais têm gerado um debate sobre a necessidade de regulamentação mais rigorosa.
O uso excessivo de telas por crianças e adolescentes tem gerado preocupações crescentes, com estudos indicando um aumento nos casos de ansiedade e depressão. Recentemente, o Congresso Nacional avançou em um projeto de lei que visa proteger esse público nas plataformas digitais, incluindo a proposta de proibir redes sociais para menores de 16 anos.
A proposta, de autoria do senador Alessandro Vieira, exige que adolescentes até 16 anos vinculem suas contas a responsáveis e que as plataformas adotem mecanismos de verificação de idade. Essa iniciativa é uma resposta à crescente preocupação com a adultização de crianças nas redes sociais, evidenciada por denúncias de exploração infantil.
Pesquisas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelam que adolescentes que passam mais de quatro horas diárias nas mídias sociais têm três vezes mais chances de se sentirem solitários. Além disso, dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) de 2022 mostram uma queda de 15% na compreensão de textos longos entre jovens de 15 anos, associada ao uso excessivo de telas.
O psicólogo social Jonathan Haidt, autor de “A Geração Ansiosa”, destaca que a infância foi “reestruturada” pela presença massiva de smartphones, resultando em um aumento nos casos de ansiedade e depressão. Ele defende que o uso de celulares deve ser restrito até o ensino médio e que as escolas devem ser livres de dispositivos móveis.
A situação se torna ainda mais alarmante quando casos de exploração infantil nas redes sociais ganham repercussão. O influenciador Felca denunciou perfis que promovem essa prática, levando a um debate urgente sobre a necessidade de regulamentação. O Brasil precisa adotar medidas mais ambiciosas para enfrentar essa questão, garantindo que o desenvolvimento das crianças não se reduza a um “catálogo de stories”.