- O governo de Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Novo PAC, com investimentos de R$ 1,3 trilhão em infraestrutura, saúde e educação.
- Apenas 4% das 1.884 obras na educação estão em execução, enquanto 82% estão em licitação.
- O governo já alocou R$ 111 bilhões, mas R$ 16,7 bilhões não foram liberados por falta de comprovação de despesas.
- Na saúde, 73% das 1.910 obras estão em andamento, mas 19% estão em licitação.
- O calendário eleitoral está atrasando as obras, com prefeitos adiando inaugurações para 2028.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta desafios significativos com o Novo PAC, um programa de investimentos de R$ 1,3 trilhão voltado para infraestrutura, saúde e educação. Sob a coordenação da Casa Civil, liderada pelo ministro Rui Costa, o projeto visa impulsionar o desenvolvimento nacional, mas a execução das obras está aquém das expectativas.
Atualmente, apenas 4% das 1.884 obras na educação estão em andamento, enquanto 82% permanecem em fase de licitação. O governo federal já alocou R$ 111 bilhões para essas iniciativas, mas R$ 16,7 bilhões ainda não foram liberados devido à falta de comprovação de despesas. A situação é agravada pelo calendário eleitoral, com prefeitos adiando o progresso das obras para inaugurações em 2028, ano das próximas eleições municipais.
Atrasos e Desafios
O cenário é preocupante, especialmente para as 1.884 obras educacionais prometidas. Nenhum dos 102 institutos federais para ensino médio foi inaugurado, e apenas 41 estão em construção. A licitação foi aberta para mais 31, enquanto 22 aguardam concorrência e oito ainda não têm terrenos regularizados. Estima-se que esses projetos levem de nove a 18 meses para serem concluídos.
Na saúde, a situação é um pouco mais favorável, com 73% das 1.910 obras em andamento. No entanto, 19% estão em licitação e 2,5% em análise. O Ministério da Saúde disponibiliza recursos e orientações para auxiliar estados e municípios na execução das obras, mas o risco de interesses políticos interferirem nos critérios técnicos é uma preocupação constante.
Pressão e Legado
O governo Lula está ciente da urgência da situação. O presidente tem pressionado a Casa Civil para acelerar o andamento das obras, enfatizando que o tempo é curto, especialmente com as eleições presidenciais se aproximando. A possibilidade de deixar um legado de obras paralisadas ou mal executadas é um risco que o governo busca evitar, mas a realidade atual indica que a corrida contra o relógio é intensa.