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Inclusão de alunos autistas requer adaptações e estratégias de ensino personalizadas

Censo Escolar 2024 aponta aumento de alunos com transtorno do espectro autista, exigindo adaptações nas escolas e formação de professores

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Criança brinca com tinta durante atividade escolar (Foto: Reprodução)
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  • O número de alunos com transtorno do espectro autista (TEA) nas escolas brasileiras aumentou de 41,2 mil em 2015 para 884,4 mil em 2024, segundo o Censo Escolar.
  • Esse crescimento indica maior conscientização e diagnóstico da condição, além de redução da subnotificação.
  • As escolas precisam implementar planos de ensino individualizados e capacitar professores para atender essa demanda.
  • A Emei Maria Aparecida Quagliato Forti, em Capivari, adota uma pedagogia que respeita as necessidades de cada criança, resultando em melhorias no desenvolvimento de alunos com deficiência.
  • A Emef Plínio Ayrosa, em São Paulo, e o Colégio Vera Cruz estão criando núcleos de inclusão e salas de recursos, mas há necessidade de mais capacitação para os educadores.

O número de alunos com transtorno do espectro autista (TEA) nas escolas brasileiras aumentou drasticamente, passando de 41,2 mil em 2015 para 884,4 mil em 2024, conforme o Censo Escolar. Esse crescimento reflete uma maior conscientização e diagnóstico da condição, além da redução da subnotificação, especialmente entre crianças.

Para lidar com essa inclusão, as instituições de ensino precisam implementar planos de ensino individualizados e capacitar seus professores. Guilherme Almeida, presidente da Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas, ressalta que a presença de mediadores não é suficiente. É necessário um atendimento educacional que elimine barreiras e promova a autonomia das crianças. Almeida destaca que cada aluno aprende de forma diferente, e a metodologia de ensino deve ser diversificada.

Adaptações Necessárias

A Emei Maria Aparecida Quagliato Forti, em Capivari, adota uma pedagogia que respeita o tempo e as necessidades de cada criança. A diretora, Sara Fagundes, afirma que essa abordagem ajuda na inclusão de alunos com deficiência. Um exemplo é Arthur Ferreira, de 3 anos, que, após ser incluído nas atividades, apresentou melhorias significativas em seu desenvolvimento motor e social.

Além disso, a flexibilidade das escolas para atender necessidades específicas é crucial. Fernando Giovanelli, pai de uma aluna com TEA, conseguiu que a escola adaptasse a alimentação de sua filha, permitindo que ela trouxesse sua comida de casa. Carla Bertin, advogada especializada em direitos das pessoas autistas, afirma que adaptações devem ser garantidas sempre que houver necessidade confirmada por laudo médico.

Formação e Inclusão

A Emef Plínio Ayrosa, em São Paulo, oferece uma sala de recursos para atividades no contraturno, mas Giovanelli observa a necessidade de mais capacitação para os professores. No Colégio Vera Cruz, um núcleo de inclusão foi criado para adaptar o currículo e as atividades para alunos com TEA. Marcelo Chulam, diretor da escola, destaca a importância de identificar barreiras e criar condições adequadas para o aprendizado.

Essas iniciativas são fundamentais para garantir que as crianças com TEA tenham acesso a uma educação inclusiva e de qualidade, refletindo um compromisso crescente das instituições de ensino em atender a diversidade presente nas salas de aula.

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