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Brasil registra 1,4 milhão de crianças com o pai ausente

Polícia Civil do Rio (PCRJ) aponta que um terço das vítimas não tem registro do nome do pai; 1,4 milhão de crianças é registrada apenas pela mãe

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
De acordo com dados da Arpen-Brasil, 1,4 milhão de crianças no Brasil são registradas apenas com o nome da mãe, na classificação “pais ausentes”. Foto: Reprodução
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  • Dados mostram que 1,4 milhão de crianças são registradas apenas com o nome da mãe, evidenciando ausência paterna nos registros.
  • A megaoperação no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes, tem relação com o tema, já que um terço das vítimas não tinha o nome do pai no registro, segundo a PCRJ.
  • Distribuição regional da ausência paterna: Sudeste, 494.635; Nordeste, 424.298; Norte, 211.096; Sul, 163.958; Centro-Oeste, 116.029.
  • A psicóloga Martha Zouain afirma que a presença do pai é fundamental para o desenvolvimento emocional, ajudando na formação de responsabilidade, proteção e respeito; a ausência pode gerar vazio emocional e impactar a autoestima, mas não determina o futuro.
  • A especialista ressalta que vínculos de qualidade com mães, avós ou outros cuidadores são decisivos para o bem-estar e o desenvolvimento saudável da criança.

O Brasil enfrenta um desafio significativo em relação à ausência do nome do pai no registro civil de crianças. Dados recentes mostram que 1,4 milhão de crianças são registradas apenas com o nome da mãe, refletindo um drama social que se intensifica em meio a eventos trágicos, como a megaoperação no Rio de Janeiro, que resultou na morte de 121 pessoas.

Um relatório da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) revela que um terço das vítimas da operação não tinha o nome do pai no registro. Essa situação é mais prevalente na região Sudeste, com 494.635 casos, seguida pelo Nordeste (424.298), Norte (211.096), Sul (163.958) e Centro-Oeste (116.029). A ausência paterna é um tema recorrente em debates sobre o registro civil e a infância no Brasil.

Impactos da Ausência Paterna

A psicóloga Martha Zouain destaca que a presença do pai é fundamental para o desenvolvimento emocional das crianças. Segundo ela, o pai deve ser uma referência de amor e responsabilidade, contribuindo para a formação de cidadãos emocionalmente preparados. “A presença paterna saudável amplia repertórios e ensina sobre proteção, responsabilidade e respeito”, afirma.

Zouain também aponta que a ausência do pai gera um vazio emocional que pode afetar a autoestima da criança. Quando não se sente desejada ou reconhecida, a criança pode enfrentar dificuldades em sua formação. No entanto, a psicóloga ressalta que o futuro de uma criança não é determinado apenas pela ausência paterna, mas pela qualidade dos vínculos e dos cuidados recebidos.

Construindo Vínculos Positivos

A especialista enfatiza que uma criança cercada de amor, independentemente da estrutura familiar, tem mais chances de se tornar um adulto equilibrado. “O que realmente constrói o destino de uma criança é saber que pertence a alguém, que é querida e tem valor”, conclui Zouain. Essa perspectiva ressalta a importância de todos os cuidadores, sejam eles mães, avós ou outros familiares, no desenvolvimento saudável das crianças.

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