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Empresas de tecnologia não se importam com uso de inteligência artificial para trapacear

Inteligência Artificial (IA) facilita fraude escolar; Instructure, OpenAI e Perplexity discutem responsabilidades e controle na educação

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Image: Cath Virginia / The Verge, Getty Images
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  • Empresas de IA promovem ferramentas a estudantes, incluindo o Comet da Perplexity, facilitando tarefas como quizzes e redações, o que desperta debates sobre integridade acadêmica.
  • A Instructure ( Canvas ) afirma que não pode impedir o uso de agentes de IA, defendendo que a questão é mais pedagógica que técnica e que a transparência deve ser promovida.
  • A OpenAI busca distanciar-se de facilitar trapaceias, lançando modos de estudo que não fornecem respostas diretas; Leah Belsky ressalta a necessidade de preparar jovens para um mundo com IA poderosa.
  • Educadores, como Yun Moh, cobram maior controle e transparência; a Modern Language Association também solicita que as empresas permitam que docentes controlem o uso dessas ferramentas em sala.
  • A detecção de trapaças geradas por IA permanece desafiadora, com a evolução das ferramentas tornando difícil identificar alunos que utilizam IA; a responsabilidade ética recai sobre as escolas.

A crescente utilização de ferramentas de inteligência artificial (IA) no ambiente escolar levanta preocupações sobre a integridade acadêmica. Recentemente, empresas como OpenAI e Perplexity têm promovido seus produtos a estudantes, facilitando o uso dessas tecnologias para fraudes. Em meio a essa situação, educadores buscam maior controle e transparência na aplicação dessas ferramentas.

Os novos agentes de IA, como o Comet da Perplexity, têm sido amplamente divulgados como soluções para tarefas acadêmicas, promovendo a ideia de que podem realizar atividades como quizzes e redações. Um anúncio da Perplexity, por exemplo, apresenta um “estudante” discutindo como seus colegas utilizam o agente para completar lições. Essas práticas têm gerado um debate intenso sobre as responsabilidades das empresas de tecnologia em relação ao uso de suas ferramentas.

Responsabilidade das Empresas de IA

Educadores, como o designer instrucional Yun Moh, expressam frustração com a falta de ações concretas para bloquear o uso dessas tecnologias em plataformas de aprendizado. A Instructure, responsável pelo Canvas, afirma que não pode impedir o uso de agentes de IA, considerando a questão mais filosófica do que técnica. “Acreditamos que, em vez de bloquear a IA, devemos criar formas pedagógicas que promovam maior transparência”, declarou um porta-voz da empresa.

A Modern Language Association também se manifestou, pedindo que as empresas de IA permitam que educadores tenham controle sobre o uso dessas ferramentas nas salas de aula. Enquanto isso, OpenAI tenta distanciar-se da imagem de facilitador de trapaças, introduzindo modos de estudo que não fornecem respostas diretas. A vice-presidente de educação da OpenAI, Leah Belsky, destacou a importância de preparar os jovens para um mundo que inclui poderosas ferramentas de IA.

A Luta pela Integridade Acadêmica

A dificuldade em detectar comportamentos de trapaça gerados por IA preocupa educadores, que enfrentam desafios constantes para manter a integridade acadêmica. A evolução das ferramentas de IA torna cada vez mais difícil identificar os alunos que usam essas tecnologias para completar suas tarefas. Apesar das tentativas de monitoramento, a natureza adaptativa dos agentes de IA torna essa tarefa complexa.

A responsabilidade pela aplicação ética dessas ferramentas recai sobre educadores, que devem lidar com as consequências do uso inadequado. Com a rápida implementação de tecnologias no ambiente escolar, fica claro que o debate sobre a utilização responsável da IA na educação está apenas começando.

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