- A Uerj foi pioneira em cotas sociais e raciais no vestibular, em 2003, com a política consolidada pela lei de 2018.
- O sistema de cotas passa por uma segunda revisão legislativa em 2028, buscando conectar egressos e mapear trajetórias profissionais.
- Na última semana de novembro, ex-estudantes foram reunidos na reitoria para debater o tema.
- Henrique Silveira, ex-aluno cotista de Geografia que ingressou em 2006, hoje atua como subsecretário de Tecnologias Sociais da prefeitura do Rio.
- Ele afirma que a cota transformou a vida dele, abrindo caminho na gestão pública, vindo de Imbariê, na Baixada Fluminense.
A Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) iniciou a segunda revisão de sua política de cotas para 2028. A discussão busca conectar egressos, mapear trajetórias profissionais e avaliar o impacto da medida ao longo de quase duas décadas desde sua implementação.
A universidade teve início pioneiro no uso de cotas sociais e raciais no vestibular em 2003, consolidando a política após a lei de 2018. Na última semana de novembro, ex-estudantes foram reunidos na reitoria para debater o tema e mapear desdobramentos da política.
Entre os presentes, estiveram bolsistas egressos que percorreram caminhos diferentes após a entrada na instituição, buscando entender como as cotas influenciaram suas carreiras. A coleta de dados sobre trajetórias profissionais faz parte da nova fase da política.
Henrique Silveira, ex-aluno cotista de Geografia (ingresso em 2006) e atual subsecretário de Tecnologias Sociais da prefeitura do Rio, destacou a importância das cotas para sua vida. Ele atua hoje na gestão pública e reforça o papel da ação afirmativa na trajetória pessoal.
Silveira relata que a oportunidade de ingressar na Uerj foi determinante para sua mobilidade social. Ele afirmou, em síntese, que a política permitiu abandonar condições de vulnerabilidade na Baixada Fluminense para assumir posição de liderança pública.
A reunião visa consolidar dados sobre a eficiência da política e identificar gargalos. O objetivo é compreender como cotas contribuíram para a formação de profissionais que atuam tanto na academia quanto no setor público. A Uerj pretende divulgar resultados da revisão em 2028, quando a lei atual caduca.