- A pesquisa inédita do Observatório Nacional da Violência Contra Educadoras/es, em parceria com o Ministério da Educação, ouviu 3.012 profissionais da educação básica e superior de todo o país.
- Nove em cada dez relataram perseguição direta ou presenciaram censura, sendo 61% na educação básica e 55% na educação superior.
- Os principais motivos são política (73%), gênero/sexualidade (53%) e religião (48%).
- Regiões Sudeste e Sul foram as mais impactadas; 93% dos docentes tiveram contato com situações de censura em algum momento.
- O estudo recomenda a criação de uma política nacional de enfrentamento à violência contra educadores, com ações do poder público e novas etapas de pesquisa, incluindo entrevistas com 20 docentes.
O Observatório Nacional da Violência Contra Educadoras/es (ONVE/UFF), em parceria com o MEC, divulgou estudo sobre censura e violência contra profissionais da educação. A pesquisa ouviu 3.012 docentes da educação básica e superior, pública e privada.
O levantamento aponta que nove em cada dez professores já vivenciaram perseguição ou presenciaram censura. A censura atingiu 61% na educação básica e 55% na educação superior. Motivos principais: política, gênero/sexualidade e religião.
Principais temas e impactos
Entre os educadores, 58% relataram tentativas de intimidação; 41% questionamentos agressivos sobre métodos; 35% proibiram conteúdos. Demissões, suspensões e mudanças de unidade também foram citadas, além de agressões verbais e físicas.
Região, agentes e consequências
Regiões Sudeste e Sul concentram maior impacto. Agentes da violência costumam ser membros da comunidade educativa interna. O estudo aponta que a violência compromete a liberdade de ensinar e de aprender, levando desligamentos e deslocamentos de docentes.
Perspectivas e próximos passos
A pesquisa indica necessidade de políticas públicas para proteção de educadores, especialmente em anos eleitorais. O relatório completo deve apresentar cruzamentos regionais e entrevistas com 20 docentes, além de sugerir diretrizes no MEC e em acordos com direitos humanos.