- O Office for Students (OfS) é acusado de agir com lentidão na apuração de suspeitas de fraude, assédio e má gestão na University of Greater Manchester (antiga University of Bolton).
- O deputado Phil Brickell afirma que a demora prejudica cerca de 11 mil estudantes e o staff, gerando insegurança sobre o futuro da instituição.
- Brickell pediu explicações à secretária de educação e à OfS, destacando que as ações começaram apenas meses depois de reportagens do Manchester Mill e de investigações da polícia.
- A universidade suspendeu o reitor vice-presidente George Holmes e mais dois membros senior do staff em maio, em medida precaucional, sem indicar culpa.
- A OfS não quis comentar; a instituição encomendou uma investigação interna com a PwC na primavera passada, enquanto a polícia lia sobre “irregularidades financeiras” em julho.
O Regulator de Ensino Superior do Reino Unido (OfS) é acusado de agir tarde demais ante denúncias de fraude, assédio e má gestão na University of Greater Manchester, antiga University of Bolton. A crítica veio de Phil Brickell, deputado de Bolton West, após quase um ano sem ação formal do OfS.
Brickell informou ao Guardian que a falta de resposta deixou funcionários e cerca de 11 mil estudantes em dúvida sobre o futuro da instituição. O deputado também questionou a competência do regulador diante das informações veiculadas pela imprensa.
Segundo Brickell, o atraso do OfS agrava as preocupações de whistleblowers e de ex-alunos. Ele encaminhou uma carta ao secretário de Educação, Bridget Phillipson, detalhando o atraso e a suposta falta de transparência do regulador.
A universidade está sob apuração policial desde fevereiro, com investigações sobre possíveis irregularidades financeiras. Em maio, a GMP indicou apuração sobre irregularidades financeiras e, em junho, realizou buscas em propriedades no Reino Unido e no sul da Inglaterra.
A instituição suspendeu o vice-reitor George Holmes e mais dois membros da equipe, em maio, como medida cautelar. Em seguida, um relatório interno pela PwC foi encomendado pela universidade para apurar a governança.
Após as primeiras reportagens do Manchester Mill, o Parlamento foi informado, em março, de que OfS e polícia investigavam o caso. A OfS, porém, só confirmou a abertura de investigação recentemente, sem comentários públicos.
A universidade mudou de nome em 2024, passando a se chamar University of Greater Manchester, conforme aprovação do OfS. A mudança ocorreu após o anúncio público de alterações na instituição.
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