21 de jan 2025
Cessar-fogo em Gaza aumenta fluxo de ajuda humanitária, mas desafios permanecem
O cessar fogo entre Israel e Hamas, iniciado em 19 de novembro, trouxe alívio. Mais de 1.500 caminhões de ajuda humanitária chegaram a Gaza nos primeiros dias. A população de Gaza, com mais de dois milhões, enfrenta grave vulnerabilidade. A reconstrução da infraestrutura de saúde é um desafio urgente após a devastação. A continuidade do cessar fogo depende de negociações e da redução das tensões regionais.
Caminhões carregados com alimentos e ajuda humanitária entram na Faixa de Gaza em Rafah no domingo. (Foto: Omar Ashtawy/Europa Press)
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Desde o início da trégua entre Israel e Hamas, os volumes de ajuda humanitária que fluem para Gaza aumentaram significativamente, com mais de 630 caminhões entrando no território no primeiro dia e 915 no segundo, segundo a ONU. Essa é a maior quantidade de suprimentos desde o início do conflito em outubro de 2023. Apesar desse aumento, as agências humanitárias alertam que as necessidades da população de mais de dois milhões de habitantes são enormes, com muitos enfrentando insegurança alimentar severa. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) está enviando 150 caminhões de alimentos diariamente e planeja fornecer vales e dinheiro para famílias vulneráveis.
A situação em Gaza é crítica, com a infraestrutura de saúde devastada e apenas metade dos 36 hospitais ainda funcionando parcialmente. Estima-se que 110 mil pessoas tenham sido feridas durante a guerra, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) começou a enviar suprimentos médicos para atender às necessidades urgentes. O Egito, que compartilha a fronteira com Gaza, permitiu a passagem de 650 caminhões de ajuda nas primeiras 48 horas da trégua, mas os caminhões egípcios ainda não conseguem entrar diretamente por Rafah devido a requisitos de inspeção israelenses.
O acordo de cessar-fogo, que prevê a libertação de reféns e prisioneiros, é visto como um passo importante, mas a possibilidade de uma paz duradoura permanece incerta. O ministro da Economia de Israel, Nir Barkat, afirmou que a trégua não representa uma vitória estratégica, enfatizando a necessidade de garantir que o Irã não alcance seus objetivos na região. A destruição em Gaza é imensa, com 90% da população deslocada e a infraestrutura civil severamente danificada, levantando acusações de crimes de guerra contra Israel.
Enquanto isso, a situação na Cisjordânia também se deteriora, com relatos de violência crescente e restrições à liberdade de circulação dos palestinos. O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos expressou preocupação com a nova onda de violência, incluindo a morte de um menino palestino de 14 anos por forças israelenses. A complexidade do cenário exige negociações contínuas para evitar uma nova escalada do conflito e garantir a ajuda humanitária necessária.
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