- Na oitava fase da Operação 404, foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão, com quatro prisões preventivas e três em flagrante; dois suspeitos foram presos em São Paulo.
- As centrais da pirataria foram encerradas, e houve apreensão de dois computadores e dois celulares.
- A operação, em atividade desde 2019, contabilizou a derrubada de 535 sites e de um aplicativo de streaming pirata na última quinta-feira (26/27, conforme apuração) e utiliza Telegram, deep web e endereços de IP para identificar estruturas ilegais.
- A ação contou com a participação de Polícias Civis de vários estados, além de cooperação do Ministério da Justiça, Anatel, Ancine e autoridades de outros países (Argentina, Equador, Paraguai, Peru e Reino Unido).
- Autoridades consideram que o esquema pode se enquadrar como crime organizado, ressaltando a lucratividade do comércio de serviços ilegais e a migração do crime para o ambiente digital.
Operação 404, que atua desde 2019, realizou a oitava fase nesta semana, visando interromper redes de streaming pirata no Brasil. Segundo autoridades, a ação envolveu buscas, apreensões e prisões, com foco em centrais que operavam por meio de Telegram, deep web e endereços de IP para mapear os serviços ilegais.
A etapa mais recente teve origem na consolidação de informações coletadas pela força-tarefa, coordenada pelo Ministério da Justiça. A operação aponta para uso de dados de usuários e de estruturas técnicas para identificar pontos de atuação das centrais da pirataria, incluindo canais de venda de assinaturas e jogos.
Desdobramentos da oitava fase
Ao todo, foram 44 mandados de busca e apreensão, quatro prisões preventivas e três em flagrante. Dois suspeitos foram presos no estado de São Paulo, com o encerramento das centrais e apreensão de dois computadores e dois celulares. A ação contou com a participação das Polícias Civis de 14 estados, além da cooperação da Anatel e da Ancine, e de autoridades de Argentina, Equador, Paraguai, Peru e Reino Unido.
Os esforços indicam possível caracterização do esquema como crime organizado, ainda em avaliação de extensão. Em razão da atividade, o Procon-SP alerta consumidores sobre a violação de direitos ao contratarem serviços irregulares, enquanto a Anatel orienta a compra apenas de aparelhos certificados para TV boxes, a fim de evitar atividades ilícitas.
A investigação permanece em andamento, com apurações sobre eventuais vínculos com facções criminosas e sobre a estrutura interna das centrais desativadas. A força-tarefa continua monitorando a migração do crime para o ambiente digital e o impacto sobre usuários.